Brasil bate novo recorde com 1.910 mortes nas últimas 24h
Na prática, o número representa uma morte por covid-19 a cada 45 segundos
Rio - Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil bateu um novo recorde no número de mortes registradas nas últimas 24h, foram 1.910 vítimas da covid-19, de acordo com o painel do Conass, que reúne dados das Secretarias de Saúde dos estados. Na prática, esse número representa uma morte a cada 45 segundos. Ao todo, 259.271 óbitos foram registrados desde o início da pandemia.
Outros 71.704 novos casos também foram contabilizados nas últimas 24h, totalizando 10.718.630 infectados.
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Na lista de estados com mais casos de contaminação pelo vírus, São Paulo aparece em primeiro lugar, 2.068.616 casos e 60.381 mortes registras, seguido de Minas Gerais, com 893.645 casos e 18.872 óbitos; Bahia com 694.783 casos e 12.140 mortos e Santa Catarina, com 688.600 casos e 7.618 óbitos registrados.
Desde o início da pandemia, em março do ano passado, essa é a primeira vez que todos os estados estão em situação crítica pela doença. De acordo com o Boletim divulgado pela Fiocruz, entre as 27 capitais brasileiras, 20 estão com taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos em 80% ou mais.
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O negacionismo de Bolsonaro
O número de óbitos registrados nesta quarta-feira não é tão surpreendente para algumas pessoas, que esperavam colher o resultado de um cotidiano negligente em relação às medidas de prevenção. Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro e as figuras públicas que o apoiam fizeram discursos negacionistas, indo contra as medidas de restrição e a favor de medicamentos sem comprovação científica.
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Nesta terça-feira, mesmo após o Brasil ter batido o recorde com 1.726 mortes registradas, Bolsonaro voltou a minimizar os efeitos da doença durante uma conversa com apoiadores. "Criaram o pânico. O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico. Que nem a política, de novo, do 'Fique em Casa'. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?", disse o presidente.
O cenário da vacinação
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Até o dia de hoje, segundo o Conass, o Brasil aplicou 9.604.924 de doses das vacinas anticovid, que representa menos de 4% da população do país. Assim como o cenário de combate à doença, o quadro de imunização no país é marcado pela lentidão e falta de investimentos. Além de ter demorado meses para começar a vacinar, em comparação com outros países, diversas capitais brasileiras sofrem com a falta de doses e já tiveram, inclusive, que paralisar suas campanhas de vacinação momentaneamente, como é o caso do Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba e Cuiabá.
Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou a todos os estados e o Distrito Federal mais 2.552.820 doses da vacina CoronaVac. Após seis meses de espera, a pasta também deve anunciar em breve a compra da vacina da Pfizer. A informação divulgada hoje é que 100 milhões de doses devem chegar ao Brasil até o final do ano.
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Também nesta quarta, o Ministério da Saúde anunciou a previsão da chegada de 400 mil doses da vacina Sputnik V, desenvolvida na Rússia pelo laboratório Centro Gamaleya, até o fim de março. Ao todo, até maio, o Brasil receberá 10 milhões de imunizantes russos. A vacina, porém, ainda não tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).