Polícia Federal em São Paulo deflagrou a Operação Airâvata para investigar o comércio ilegal de marfim de elefantes
Polícia Federal em São Paulo deflagrou a Operação Airâvata para investigar o comércio ilegal de marfim de elefantesArquivo/Polícia Federal
Por O Dia
A Polícia Federal iniciou, na manhã desta sexta-feira (26), buscas para apurar se empresários do setor do transporte em Belo Horizonte (MG) importaram vacinas contra a Covid-19 ilegalmente e foram vacinados. A ação acontece em endereços ligados à Viação Saritur, na capital mineira, e um dos locais que estão entre os alvos de quatro mandados de busca e apreensão é a garagem da empresa, no bairro Caiçara, Região Noroeste da cidade. As informações são do portal “G1”.
A garagem da empresa é o local onde a vacinação ilegal teria ocorrido. Para a investigação, os agentes buscam imagens internas de segurança do local. Batizada de Operação Camarote, a ação quer descobrir se houve a importação, receptação e aplicação ilegal de vacinas da Pfizer contra o coronavírus.
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A Polícia Federal também quer entender em que momento os imunizantes teriam sido comprados: se ocorreu antes da liberação para uso da Anvisa, da aprovação da lei que permite a compra das vacinas por pessoas jurídicas mas sem repasse ao SUS ou ainda se houve falsificação ou adulteração de um produto médico. Também estão na mira, pela suspeita de receptação, aqueles que receberam o imunizante.
O assunto havia sido denunciado em reportagem publicada na edição online da “Revista Piauí” e é alvo de investigação do Ministério Público Federal. Segundo a publicação, um grupo de empresários e políticos ligados ao setor do transporte em Minas Gerais, além de seus familiares, teriam tomado a primeira dose da vacina. A compra teria sido de vacinas da Pfizer, por iniciativa própria dos empresários, cada uma pelo valor de R$ 600. A Pfizer nega a negociação externa ao Plano Nacional de Imunização.
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Em um vídeo gravado no dia em que teria ocorrido a vacinação ilegal, é possível ver uma movimentação incomum de carros em fila no estacionamento da Viação Saritur e uma pessoa de jaleco branco se movimentando em uma das vagas e se comunicando com os motoristas. Em contato com a TV Globo, uma mulher disse que sua amiga teria flagrado o movimento incomum e comentado que não poderia ser uma vacinação do SUS.
No dia da suposta vacinação, foi registrado um boletim de ocorrência. Na chegada dos policiais, os seguranças do local teriam informado que a movimentação se tratava de uma reunião dos diretores da empresa.