Nova variante do coronavírus identificada em Sorocaba pode ter origem local
Nova variante do coronavírus identificada em Sorocaba pode ter origem localDivulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Membros do Centro de Contingência da Covid, do governo de São Paulo, afirmaram durante coletiva nesta quarta-feira, 31, que a nova variante do coronavírus identificada em uma paciente de Sorocaba, no interior paulista, ainda não representa um perigo alarmante. Na avaliação apresentada, a mutação identificada seria similar àquela registrada na África do Sul, mas informações preliminares apontam para a possibilidade de que ela seja uma evolução natural da variante brasileira P.1.
"Precisamos determinar qual a real incidência desta nova variante, porque até o momento é um caso no universo de pandemia da P.1. Se for só um [caso], são as medidas que estão em andamento. Fora isso, é o acompanhamento genômico e sequenciamento para acompanhar o surgimento dessas novas variantes, o que é esperado para esse momento", afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
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A paciente na qual a mutação foi identificada não viajou à África do Sul ou teve contato com qualquer pessoa daquela região, o que fortaleceria a tese de que a variação é uma evolução da P.1. Também foram encontradas "assinaturas" da cepa original do coronavírus, o que indicaria uma origem local da variante.
Ainda na semana passada, pesquisadores da Fiocruz alertaram para a circulação de novas mutações da covid-19 no País, mas em uma quantidade pequena das amostras, o que não configuraria ainda o surgimento de novas variantes. "Vale ressaltar que as novas mutações foram, até o momento, detectadas em baixa frequência, apesar de encontradas em diferentes Estados", afirmou a virologista Paola Cristina Resende.
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De acordo com Covas, a situação da paciente de Sorocaba e dos familiares tem sido acompanhada pela Secretaria de Saúde e pela Vigilância Sanitária. Ainda não se sabe qual seria o grau de contágio, transmissão e letalidade da nova variante.