O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, presta depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira
O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, presta depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feiraEdilson Rodrigues/Agência Senado
Por O Dia*
Em depoimento à CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (13), o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, afirmou que as primeiras reuniões com o Ministério da Saúde para tratar sobre a vacina aconteceram em maio e junho do ano passado. Eram encontros exploratórios onde a farmacêutica compartilhou o status de desenvolvimento do imunizante.
Em 16 de julho, a empresa forneceu ao ministério a uma "expressão de interesse". Então, em 6 de agosto, a pasta manifestou "possível interesse" no fármaco da farmacêutica, relatou Murillo. "Como consequência, no dia 14 de agosto oferecemos nossa primeira oferta, vinculante", disse. Eram dois tipos de ofertas, de 30 milhões ou 70 milhões de doses do imunizante, que estava em desenvolvimento, com as mesmas condições de compra.
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Segundo ele, em 18 de agosto, a Pfizer voltou a fazer as ofertas de 30 milhões e 70 milhões de vacinas, mas naquele momento havia um quantitativo adicional para o Brasil ao final de 2020. Em 26 de agosto, houve uma terceira oferta, com os mesmos números de doses. Também naquela ocasião, a Pfizer havia conseguido um pouco mais de unidades para o primeiro trimestre de 2021.

Mercado mais importante

Em sua fala inicial do depoimento à CPI da Covid, o gerente Carlos Murillo, destacou que o Brasil é o mercado mais importante para a Pfizer na América Latina e que, por isso, a farmacêutica escolheu o País como um dos poucos no mundo para receber o estudo clínico da fase 3 da vacina da empresa - segundo ele, a primeira vacina eficaz e segura no mundo para a covid-19.

Nos contratos firmados, a empresa deve ter uma oferta de 200 milhões de doses, suficiente para imunizar quase metade de população do País.

Murillo lembrou que a vacina obteve o registro permanente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 22 de fevereiro deste ano, com primeiro contrato fechado com o governo brasileiro em março para o oferecimento de 100 milhões de doses. "Nosso contrato prevê a entrega de 13,5 milhões de doses no 2º trimestre, mais 86 milhões no 3º trimestre. Consideramos hoje que, no 1º trimestre seremos capazes de fornecer ao Brasil 15,5 milhões de doses", relatou o representante da farmacêutica.

Murillo destacou que nesta semana a empresa deve fechar o segundo contrato com o governo brasileiro, para mais 100 milhões de doses adicionais, com entrega prevista para o 4º trimestre deste ano. "Com satisfação e orgulho que sei que hoje vamos conseguir vacinar quase a metade da população do Brasil", disse o gerente geral, segundo quem a companhia não recebeu dinheiro de nenhum governo para desenvolver a vacina.
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*Com informações do Estadão Conteúdo