Gilmar Mendes afirma que ação da PM no protesto contra Bolsonaro em Recife revela 'brutalidade'
Em meia a forte repressão, dois homens que não participavam do protesto foram atingidos com balas de borracha nos olhos e perderam parte da visão
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira, 31, que a ação da Polícia Militar no protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro em Recife foi "truculenta" e "brutal".
"As cenas de truculência e brutalidade da ação policial em Recife causam imensa preocupação com o despreparo das forças para lidar com manifestações de grande porte, que tendem a se tornar frequentes em 2022. Dois homens que sequer manifestavam perderam um olho. Até quando?", escreveu o ministro nas redes sociais.
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A manifestação pacífica reuniu centenas de pessoas no último sábado, 29, e terminou com forte repressão da PM, que disparou com balas de borracha e usou spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Dois homens que não participavam do protesto foram atingidos com balas de borracha nos olhos e perderam parte da visão.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), acionou a Procuradoria Geral do Estado para, em conjunto com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), iniciar um processo de indenização das vítimas feridas gravemente por balas de borracha na ação da Polícia Militar do sábado, dia 29, na manifestação contra o governo Bolsonaro. Também foi determinado que a SJDH acompanhe a assistência médica dada aos dois homens feridos no rosto.
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Atos contra o governo foram registrados em todos os Estados e o Distrito Federal no final de semana. Grupos se reuniram em passeatas e fizeram reivindicações como a vacinação em massa da população contra o novo coronavírus e o impeachment do presidente.
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