Os integrantes da CPI responsabilizam o chefe do Planalto pelo descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil.Reprodução

Por iG
Ao contrário da última sessão - encerrada de maneira precoce com o não comparecimento de Carlos Wizard - a CPI da Covid desta sexta-feira, 18, promete ser agitada. Isso porque senadores membros da comissão votarão 40 requerimentos e paticiparão de uma audiência pública com dois médicos defensores da cloroquina. 
Francisco Cardoso Alves e Ricardo Ariel Zimerman são os profissionais da saúde que participarão na defesa do farmaco sem comprovação científica para o novo coronavírus. Ambos assinaram uma nota técnica do Ministério Público Federal de Goiás com recomendações de uso da cloroquina para os pacientes da região.
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Ciro Nogueira (PP-PI), senador da base governista, defende a presença dos médicos na comissão. Através do se requerimento, Ciro argumenta que "Francisco Eduardo Cardoso Alves, além da qualificação acadêmica citada anteriormente, possui ampla experiência na área clínica em doenças infectocontagiosas, parasitárias e tropicais (consultório, ambulatório, enfermaria, emergência e terapia intensiva), e como médico intensivista plantonista em hospitais de doenças infecciosas, tanto da rede pública quanto privada."

Há também a expectativa de que o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), anuncie os nomes das 12 testemunhas que compareceram à comissão como testemunhas e que passarão para a condição de investigados .
Na lista de requerimentos a serem votados, destaca-se a convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e de Alexandre Chieppe, secretário estadual de Saúde do Rio.
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A realização de uma "diligência" com o ex-governador do Rio, Wilson Witzel, na condição de testemunha - porém, em sessão secreta - também está sendo discutida. Senadores acreditam que Witzel possa contribuir ainda mais após declarar que possui informações "graves".