Padre é acusado de oferecer doces para atrair crianças e cometer abusos sexuais
Delson Zacarias dos Santos foi acusado de ter praticado pedofilia em diversas situações entre 2014 e 2021; ele está sendo investigado e encontra-se afastado de suas funções
A Arquidiocese de Brasília disse que presta assistência protetiva e psicológica aos envolvidos e instaurou um processo de investigação. - Reprodução
A Arquidiocese de Brasília disse que presta assistência protetiva e psicológica aos envolvidos e instaurou um processo de investigação.Reprodução
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O padre Delson Zacarias dos Santos, 47 anos, da Arquidiocese de Brasília, é acusado de assediar e abusar sexualmente de crianças. Uma nova vítima teria procurado o site Metrópoles e denunciado que o pároco oferecia “doce de banana” para atrair coroinhas. Investigado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por casos ocorridos desde 2014, ele foi afastado de suas funções.
Segundo um servidor público, hoje com 31 anos, o padre cometeu assédio contra ele quando ele tinha entre 14 e 15 anos e fazia parte de um grupo formado por participantes do sexo masculino com idades até 18 anos na igreja Riacho Fundo.
Certa noite, em 2004, o padre teria passado de carro na frente do então adolescente e o convidado para entrar no veículo.
“Minha mãe, que é muito católica e frequentava aquela igreja, avisou que o padre Zacarias estava me chamando. Quando cheguei do lado de fora, ele me falou para entrar que iríamos até a casa dele pegar um doce de banana que ele havia feito para minha mãe”, lembrou.
Chegando à casa do padre, o religioso teria perguntado ao garoto se ele tinha o costume de se masturbar. "Respondi que sim, achando que ele fosse me corrigir. Depois, pediu que eu tirasse a blusa, pois queria ver se eu era magrinho. Em seguida, pediu para ver minhas ‘coxinhas’. Naquele momento, o padre foi além e pediu para que eu tirasse o short”, contou.
“Ele pediu para que eu ficasse de cueca. Naquele momento, fiquei com o corpo todo tremendo, mas tive a reação de dizer que queria ir embora. Ele, então, me levou de volta, sem dizer uma palavra durante o trajeto até a minha casa”, continuou. O servidor disse que, durante o assédio, o padre pegou uma câmera digital, afirmando que faria algumas fotos do adolescente.
Ao Metrópoles, a Arquidiocese de Brasília disse que presta assistência protetiva e psicológica aos envolvidos e instaurou um processo de investigação.
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