Publicação deste sábado, mesmo que seja de forma indireta, foi a primeira manifestação do presidente Bolsonaro após a prisão do aliado de seu governoMarcos Correa
Bolsonaro publica vídeo do ministro da Infraestrutura que critica a prisão de Roberto Jefferson
Em entrevista para o Programa Pânico, Tarcísio de Freitas foi questionado sobre rusgas entre o Executivo e o Judiciário no contexto da prisão de Jefferson
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou na manhã deste sábado, 14, em suas redes sociais, um vídeo do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, criticando a prisão do ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson.
Em entrevista ao programa Pânico da Rádio Jovem Pan desta sexta-feira, 13, o ministro da Infraestrutura foi questionado sobre rusgas entre o Executivo e o Judiciário no contexto da prisão de Jefferson.
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"Me preocupa como brasileiro. Na pretensão de defender a democracia, medidas heterodoxas estão sendo tomadas. Desarrazoadas a meu ver, inconsistente com a jurisprudência do próprio tribunal. Então observem que sai um mandado de prisão que uma pessoa abre, uma pessoa julga sem consulta ao procurador-geral da República. Qual o limite disso? Quem é que pode criticar? Qual o limite da liberdade de expressão?", questiona o ministro.
Em outro momento, Tarcísio ainda diz que a preocupação é maior quando se trata de parlamentares e de jornalistas. "Principalmente quando a gente está falando de deputado, jornalista, presidente de partido, onde isso para? Me parece uma medida heterodoxa, está perdendo controle, de certa forma. Qual é o risco? É o precedente, está se formando um precedente perigoso, daí temos que pensar se é um caminho bom", afirma Tarcísio.
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O vídeo editado pela equipe de Bolsonaro é uma série de pronunciamentos de Tarcísio durante sua participação no programa. A declaração relacionada sobre a prisão de Jefferson começa o vídeo. Na legenda, o presidente escreveu que "na escolha técnica dos ministros, o nosso compromisso com o Brasil".
Jefferson foi preso por causa de um mandado expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que foi pedido pela Polícia Federal. A ordem se deu em razão do inquérito das milícias digitais, continuidade das investigações dos atos antidemocráticos.
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Na decisão, o ministro afirmou que o político faz parte de uma "possível organização criminosa" com objetivo de "desestabilizar as instituições" e propaga contra a democracia e as instituições essenciais à manutenção do regime democrático de direito, entre elas, o STF.
Após a prisão do pai, Cristhiane Brasil, mandou uma indireta ao presidente Bolsonaro. “Estão prendendo os conservadores e o bonito não faz nada? O próximo será ele!”, disse ela. A publicação deste sábado, mesmo que seja de forma indireta, foi a primeira manifestação do presidente Bolsonaro após a prisão do aliado de seu governo.
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Além da prisão nesta sexta-feira, o ministro Moraes determinou o bloqueio das contas em redes sociais pois, segundo ele, é necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às instituições democráticas e às eleições, em relação ao perfil, além do cumprimento de busca e apreensão.
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