Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF)Carlos Moura/SCO/STF

A ministra Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, estabeleceu o prazo de 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra as urnas eletrônicas. 
A magistrada do Supremo classificou como "graves" os ataques feitos por Bolsonaro. "Os fatos narrados nestes autos são graves, de interesse exponencial da República. O manifesto interesse público e superior da
nação impõem a observância de prioridade no andamento processual do caso", escreveu ela.
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No novo despacho desta segunda-feira, 16, a relatora estipulou o prazo para parecer do Ministério Público sobre o pedido apresentado por Alencar Santana Braga, deputado federal do PT por São Paulo, e também pelo seu advogado, que leva em consideração as declarações de Bolsonaro durante uma live no dia 29 de julho. Na ocasião, o presidente questionou a segurança das urnas eletrônicas.
No documento, ela cita a investigação contra os ataques de Bolsonaro “pela prática de ato de improbidade
administrativa, de propaganda antecipada e de crime eleitoral”.
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A determinação desta segunda-feira é a segunda em que a ministra cobra um posicionamento da PGR sobre o caso. No documento, ela lembrou o primeiro pedido feito para investigar as declarações do presidente. "Em 3 de agosto de 2021, determinei vista à Procuradoria-Geral da República e, até a presente data, não houve manifestação", escreveu ela.
No início do mês, Cármen Lúcia também já havia manifestado a gravidade nas falas do presidente Bolsonaro. “Há de se considerar que o grave relato apresentado pelos autores da presente Petição conjuga atos daquela natureza com outros que podem, em tese, configurar crime, mais especificamente, de natureza eleitoral, utilização ilegal de bens públicos, atentados contra a independência de poderes da República, o que, após a necessária análise, conduzirá à conclusão sobre a competência para o conhecimento e o processamento da presente petição”, afirmou.
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O pedido de abertura de inquérito foi feito por um grupo de deputados do PT no dia 30 do mês passado. Os parlamentares querem que as apurações esclareçam se houve improbidade administrativa, crime eleitoral e abuso de poder econômico e político, ao utilizar a estrutura da TV Brasil para fazer “propaganda eleitoral antecipada”.