Ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da PresidênciaAFP

Brasília - A Polícia Federal intimou o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência, o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, e o secretario Especial de Modernização do Estado (Seme), coronel Eduardo Gomes da Silva, a prestar depoimento na investigação que mira o presidente da República, Jair Bolsonaro, em razão das alegações sobre fraudes nas urnas eletrônicas, vinculada ao inquérito das fake news.
O trio deverá prestar informações relacionadas à live promovida por Bolsonaro no dia 30 de julho, ocasião em que o chefe do Executivo propagou desinformação e declarações infundadas sobre supostas fraudes no sistema eletrônico de votação, além de promover ameaças às eleições de 2022.
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Os depoimentos de Ramagem e Gomes da Silva já haviam sido listados pelo ministro Alexandre de Moraes como diligências a serem cumpridas pela PF quando a investigação foi aberta, no último dia 4.
Na ocasião, o ministro do Supremo acolheu notícia-crime apresentada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, indicando que as condutas sob suspeita poderiam configurar 11 crimes, entre delitos previstos no Código Penal, no Código Eleitoral e até na Lei de Segurança Nacional.
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Outras pessoas que foram citadas na decisão do ministro, para eventual colheita de depoimento pela a PF, são o youtuber Jeterson Lordano, o professor da faculdade de tecnologia de São Paulo Alexandre Ichiro Hashimoto e o engenheiro especialista em segurança de dados Amílcar Brunazo Filho.