"Tomar vacina para quê? Para ter anticorpos. A minha taxa de anticorpos está lá em cima", disse o presidenteReprodução
"O que o ministério da Saúde fez? Na nota técnica 40 da Secovid, retirou os adolescentes sem comorbidades. O senhor tem conversado comigo sobre esse tema e nós fizemos uma revisão detalhada no banco de dados do DataSUS", comentou o ministro. "A minha conversa com o Queiroga não é uma imposição. Eu levo para ele o meu sentimento, o que eu leio, o que eu vejo, o que chega ao meu conhecimento", completou Bolsonaro.
Reverberando a justificativa informada na nota publicada pelo Ministério da Saúde, Bolsonaro afirmou que não vacinar o público adolescente seria uma diretriz da Organização Mundial da Saúde. A afirmação, no entanto, não corresponde ao que diz a entidade. Segundo a OMS, "crianças e adolescentes são menos propensas a ter complicações por causa da doença" e, por isso, é "menos urgente" a vacinação desses grupos. Por isso, na verdade, a entidade apenas recomenda a priorização dos grupos mais vulneráveis.
"É nisso que se transformou o Brasil quando se deu amplos poderes para governadores e prefeitos gerir essa questão. Se fosse por parte do governo federal, apenas teríamos uma determinação e estaria tudo resolvido. Se tivermos efeitos colaterais graves, quero saber quem vai se responsabilizar. Nós aqui estamos fazendo a coisa certa", ponderou Bolsonaro.
Queiroga também pediu aos secretários municipais de Saúde para que sigam o PNI. “Depois não reclamem de falta de dose, porque não falta", disse o ministro.
"Mães, não deixem seus filhos sem comorbidades se vacinarem porque ainda são necessárias mais evidências para consolidar essa indicação", disse.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.