Jair Messias Bolsonaro (PL)Isac Nobrega

São Paulo - Bolsonaro disse, neste sábado, que pretende conversar com o representante do Whatsapp no Brasil para discutir o acordo feito entre a plataforma e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A entidade mostrou preocupação com o lançamento do novo recurso de disparo de mensagens em massa e o aplicativo decidiu lançar a ferramenta após as eleições. 
O presidente, que está no Guarujá durante o feriado de Páscoa, disse à CNN que conversou com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, para pedir uma explicação sobre o acordo entre a plataforma e o TSE. "Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?", disse Bolsonaro.
A ferramenta que tem levantado a polêmica é o recurso Comunidades que vai permitir aos administradores terem o controle de diversos grupos ao mesmo tempo, o que amplia o envio de mensagens. O TSE demonstrou preocupação que o novo dispositivo aumente o alcance de Fake News e possa influenciar o resultado das eleições, em outubro deste ano. 
"Essa última informação agora que o WhatsApp pode ter uma política mundial, ninguém vai reclamar. Agora, (por que) apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições? Ah, depois das eleições não vai ter mais fake news?" disse o presidente que concorre a reeleição este ano.
Bolsonaro disse que a decisão da plataforma é inadmissível, Nesta sexta, durante um passeio de moto com apoiadores, o presidente disse que o acordo não será cumprido. "E já adianto. Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inadmissível, inaceitável, e não vai ser cumprido este acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento", declarou.