Presidente do TSE e ministro do STF, Edson FachinDivulgação

Brasília - Após o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar a atacar o processo eleitoral, o ministro Edson Fachin defendeu a integridade das eleições e reforçou que desacreditar a Justiça Eleitoral "equivale a atacar a própria democracia". A fala do atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi dita durante a abertura da reunião do Observatório da Transparência nas Eleições (OTE), realizada nesta segunda-feira (2). 
"O Brasil tem eleições íntegras; o voto é secreto e o processo eletrônico de votação, conquanto sempre suscetível de aprimoramentos, é reconhecidamente seguro, transparente e auditável; e que são imprescindíveis paz e segurança nas eleições porquanto não há paz sem tolerância e sem respeito mútuo", disse o ministro.
"O nosso êxito e credibilidade têm raiz na crença que compartilhamos de que a democracia é inegociável, de que a Justiça Eleitoral é um patrimônio imaterial da sociedade brasileira e de que atacá-la equivale a atacar a própria democracia. O TSE norteia-se por premissas técnicas, mas elas estão imbricadas às premissas democráticas inafastáveis, inegociáveis, que nos animam", complementou Fachin. 
Na semana passada, Bolsonaro disse em uma cerimônia no Palácio do Planalto que é preciso ter a participação das Forças Armadas para que haja "confiança" no sistema eleitoral. Além disso, o chefe do Executivo também declarou que espera a criação de uma "sala secreta" para que as Forças Armadas possam "contar os votos do Brasil".