Lula mantém a confiança no projeto do PT para vencer o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de outubroAFP

São Paulo - Pré-candidato do PT na corrida ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a confiança na vitória nas eleições de outubro. Com nomes da chamada terceira via estagnados, Lula, que tem liderado as recentes pesquisas de intenções de voto, minimizou o fôlego que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou de acordo com dados coletados nas últimas semanas.
"Estou tranquilo e estou com certeza de que temos todas as condições para ganhar as eleições em 2022", disse Lula à 'Rádio CBN Campinas'.
Com uma considerável rejeição no Nordeste e do eleitorado feminino, o governo Bolsonaro aposta no chamado 'pacote de bondades', com a promessa de reajustes para o funcionalismo público e medidas para controlar, por hora ineficazes, para controlar o preço do combustível e, consequentemente, dos alimentos. Pressionado pelo mau desempenho econômico, Bolsonaro aparece, em média, 15 pontos atrás de Lula, números que aumentam numa projeção de segundo turno.
"É preciso trabalhar, é preciso colocar o pé no chão, é preciso andar o Brasil, é preciso conversar com as pessoas, elaborar um programa que leve em conta a necessidade de gerar empregos, de recuperar a massa salarial que caiu 9% este ano, de fazer com que a gente tenha política de crédito para pequeno e médio empreendedor brasileiro", disse Lula. 
O pré-candidato do PT deposita confiança na aliança Geraldo Alckmin (PSB) como vice-presidente na chapa para derrotar Bolsonaro. Com bom trânsito em três segmentos-chave (empresários e investidores do agronegócio, eleitorado evangélico e mercado financeiro), o ex-governador de São Paulo é visto como uma peça para conquistar mais eleitores.
"Alckmin agrega experiência, agrega um setor da sociedade que durante muito tempo não votou no PT ou não quis votar no PT. O Alckmin agrega pessoas que pensam diferente de nós em muitas coisas", afirmou.