Lula foi reavaliado por sua equipe médica na manhã e ficou decidido que ele seguiria em repouso para não prejudicar sua recuperação CARLOS COSTA / AFP

São Paulo - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve mais viajar para Brasília nesta semana. Ele se recupera de uma uma cirurgia, realizada no domingo, 20, para a retirada de placas brancas na laringe. A recomendação médica é que o petista siga em repouso em sua residência em São Paulo para recuperar a voz.

Estava programada a ida de Lula para a capital federal na última terça, 22, no entanto, precisou cancelar a viagem. Ele voltou a ser avaliado pela sua equipe médica na manhã desta quarta e ficou decidido que ele seguiria em repouso para não prejudicar sua recuperação.

O presidente eleito é aguardado em Brasília para se reunir com políticos para negociar com o governo de transição e parlamentares a PEC da Transição. Ele também quer definir com a sua base de apoio quem serão os seus ministros a partir do dia 1° de janeiro de 2023.

Lula tem feito muito mistério sobre quem serão os comandantes das pastas do governo. A maior expectativa é relação ao ministro da Fazenda. O PT deseja a indicação de Fernando Haddad ou Alexandre Padilha, enquanto MDB, União Brasil e PSD torcem para que o escolhido seja uma figura mais técnica e próxima do centro.

Próximos passos
Lula se internou no último domingo no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ele recebeu alta na segunda já pela manhã e retornou para sua residência. O presidente eleito está acompanhado da sua esposa, a socióloga Rosângela, mais conhecida como Janja. Apesar do repouso, tem conversado com frequência com aliados.

A base aliada acredita que o petista se mudará para Brasília já na próxima semana. A tendência é que ele fique em um hotel no centro da cidade até o dia da posse. Quando voltar a ser presidente do Brasil, Lula morará no Palácio da Alvorada até o fim do seu mandato.

O presidente eleito costuma morar na Granja do Torto, em Brasília, uma das residências oficiais da Presidência da República. Porém, o espaço está reservado para o ministro da Economia, Paulo Guedes, que não deixou o local para que Lula pudesse ocupar.