Atos antidemocráticos, invasões e depredações aconteceram na sede dos Três Poderes em BrasíliaSergio Lima / AFP
ONU e lideranças internacionais se pronunciam sobre atos antidemocráticos
Presidentes de países como EUA, Equador, Uruguai, Paraguai, México e Bolívia se manifestaram
A Organização das Nações Unidas repudiou os atos antidemocráticos, invasões e depredações que aconteceram neste domingo 8, no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
"A ONU condena veementemente qualquer ataque dessa natureza, que representa uma séria ameaça às instituições democráticas. A organização pede às autoridades que priorizem o reestabelecimento da ordem e que defendam a democracia e o Estado de direito", diz o pronunciamento.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também falou sobre o ocorrido. "Condeno o assalto às instituições democráticas do Brasil. A vontade do povo brasileiro e as instituições devem ser respeitadas. Tenho plena confiança que assim será. O Brasil é um grande país democrático", declarou.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi um dos importantes nomes que rechaçaram o ataque. "Condeno o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil. As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser abalada. Estou ansioso para continuar a trabalhar com Lula", afirmou.
Antes da declaração, o secretário de Estado Antony Blinken, já havia dito que os EUA "condenam qualquer tentativa de fragilizar a democracia" no Brasil, e que o presidente americano estava acompanhando de perto a situação.
"Todo meu apoio ao presidente Lula e às instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro. Condenamos veementemente o assalto ao Congresso e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática", disse o primeiro-ministro da Espanha Pedro Sánchez.
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, se manifestou. "Condeno as ações de desrespeito e vandalismo perpetradas contra as instituições democráticas de Brasília, pois atentam contra a ordem democrática e a segurança cidadã", disse o mandatário ao mencionar apoio a Lula.
O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, afirmou: "Lamentamos e condenamos as ações realizadas no Brasil que ameaçam a democracia e as instituições".
"Estamos acompanhando com preocupação os acontecimentos que estão ocorrendo no Brasil. O caminho deve ser sempre o respeito às instituições, a democracia, a liberdade e a não violência", declarou o presidente do Paraguai Marito Abdo.
Já o presidente do México, Andrés Manuel, chamou os atos de "tentativa de golpe dos conservadores no Brasil incentivados pelas lideranças do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos". "Lula não está sozinho, tem o apoio das forças progressistas de seu país, do México, do continente americano e do mundo", ressaltou o mandatário.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, escreveu: "Rejeitamos categoricamente a violência gerada pelos grupos neofascistas de Bolsonaro que têm agredido as instituições democráticas do Brasil. Nosso apoio a Lula e ao povo brasileiro que com certeza se mobilizará em defesa da Paz e de seu presidente".
"Condenamos veementemente o assalto ao Congresso, Palácio e Supremo Tribunal do Brasil por grupos antidemocráticos. Os fascistas sempre buscarão tomar pela força o que não conseguiram nas urnas. Nossa solidariedade ao povo brasileiro e ao presidente Lula", disse o presidente da Bolívia Luis Arce.
Outros mandatários já haviam se manifestado. Entre eles, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, da Argentina, Alberto Fernández, da França, Emmanuel Macron, e do Chile, Gabriel Boric. Além destes, se pronunciaram o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e o chanceler argentino, Santiago Cafiero.
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