Coronel da reserva foi demitido do Hospital das Forças Armadas, onde era contratado como prestador de serviçoReprodução/Redes Sociais
A solução do inquérito foi dada pelo general Gustavo Henrique Menezes Dutra, comandante militar do Planalto, que enviou o IPM ao Ministério Público Militar (MPM), que vai analisar a conduta descrita nos autos para denunciar o coronel. A celeridade da apuração serve de recado do Comando do Exército ao público interno de que não ficarão impunes atos de indisciplina e eventuais crimes praticados no domingo.
Oficial da Arma de Infantaria, Testoni participou dos atos antidemocráticos na Esplanada e divulgou dois vídeos em redes sociais com ofendendo o Exército e xingando generais do Alto-Comando e de sua turma da Academia das Agulhas Negras (1987).
"Forças Armadas filhas da p... Bando de generais filhos da p... Vanguardeiros de m... Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. Freire Gomes (ex-comandante do Exército), filho da p... Alto-Comando do c.... Olha aqui o povo, minha esposa. Esse nosso Exército é uma m... Vão tudo tomar no c...", esbravejou o coronel enquanto se retirava da Esplanada, após a PM usar gás lacrimogêneo contra os extremistas. O oficial aparecia abraçado com a mulher.
Em seguida, o coronel, que é guerreiro de selva e tem o curso de montanha, divulgou um segundo vídeo com ofensas. Ele foi demitido na segunda-feira, 9, do Hospital das Forças Armadas, onde era contratado como prestador de serviço por tempo determinado. Sua conduta foi reprovada de forma generalizada pelos oficiais ouvidos pelo 'Estadão'.
Na terça-feira, 10, Testoni foi convocado para depor e devia ter comparecido na quarta-feira, ao CMP, mas entregou atestado médico para justificar a ausência. Um dia antes, divulgou vídeo desculpando-se com os colegas de turma. Disse que estava com a cabeça quente e que amava o Exército. O CMP usou os vídeos do coronel como prova do crime.
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