Vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes em BrasíliaMarcelo Camargo / Agência Brasil
Diretor-geral da PF diz que ataque golpista de janeiro nasceu e foi alimentado nas redes
Ministro Alexandre de Moraes defendeu que as grandes plataformas da internet e mídias sociais sejam tratadas como empresas de comunicação
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, afirmou na manhã desta segunda-feira, 13, que os atos golpistas e ataques aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília, nasceram e foram alimentados nas redes sociais.
"Vimos atos de selvageria que nasceram e foram alimentados nas redes sociais e que trouxeram do mundo virtual ações concretas para a vida real", afirmou Rodrigues no seminário Liberdade de Expressão, Redes Sociais e Democracia, na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio. O diretor-geral ainda afirmou que a PF irá atuar "com vigor" e sem perseguição.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que as grandes plataformas da internet e das redes sociais, como Google e Facebook, sejam tratadas como empresas de comunicação, e não apenas de tecnologia, quando se trata de questões relacionadas à liberdade de expressão e à responsabilização pelos discursos propagados por seus canais.
"Temos que mudar a forma jurídica de responsabilização de quem é detentor das redes. Não é possível, ainda hoje, que essas grandes plataformas sejam consideradas empresas de tecnologia. Elas são também empresas de comunicação e de publicidade. O maior volume de publicidade no mundo, quem ganha são essas plataformas", afirmou Moraes nesta segunda na chegada ao evento sobre liberdade de expressão na FGV do Rio.
Segundo o ministro, as plataformas de internet devem responder, juridicamente. "Da mesma forma que no mundo real há responsabilidade, no mundo virtual deve haver também", completou Moraes.
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