Envolvidos na 126ª DP/ criança nos braços de uma das acusadasDivulgação PM/ Arquivo
Ela, que tem 38 anos, estava correndo atrás de uma resolução para a situação há meses. Inclusive, em novembro, ela precisou se retirar de Cabo Frio, pois temia pela própria vida. A mulher contou para o Dia que a criança, com apenas dois meses, apresentava sinais de maus-tratos. Disse que a filha de 20 anos, envolvida com o tráfico de drogas, não tinha condições de cuidar da bebê e, por isso, pediu para que a mesma, que é a avó, cuidasse.
Então, a mulher levou a neta ao hospital, já que apresentava graves assaduras nas partes íntimas, segundo conta. Entretanto, por não ser registrada, a pequena precisou ser conduzida ao Conselho Tutelar da cidade que, conforme afirma a avó, não tomou as providências necessárias. Esta é uma de suas denúncias e está sendo investigada pela justiça.
Depois de uns meses, para sua surpresa, a filha pediu a criança de volta e, de acordo com o relato, entregou para envolvidos com o tráfico. No caso, a menor teria sido dada à irmã de um traficante, que não podia ter filhos. Eles a registraram e a denunciante apenas ficou sabendo do fato através de publicações nas redes sociais.
Depois disso, a mulher está enfrentando uma árdua luta na justiça para reaver a pequena. Inclusive, ela comentou que passou pelo tribunal do tráfico, onde ficou seis horas implorando para que devolvessem a bebê. Disse, ainda, que, nesse período, sofreu tortura psicológica por parte dos criminosos.
Mas tudo mudou e ela enfim conseguiu êxito. Nesta quinta-feira, em uma operação conjunta entre a 126ª DP (Cabo Frio) e o 25º BPM, foram realizadas diligências na Travessa do Coqueiral, em Unamar, onde estavam os criminosos. Na ação, duas pessoas, com 23 e 24 anos, que tinham mandado de prisão em aberto por por associação ao tráfico de drogas foram presas e a criança resgatada. De acordo com a ocorrência policial, a bebê não apresentava ferimentos e estava em posse de uma das acusadas.
Diante dos fatos, os acusados foram conduzidos para a 126ª DP, onde permaneceram presos. A vítima foi atendida pela psicólogo do Ministério Público, para que, em seguida, fossem tomadas as providências cabíveis.
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