Hospital Dia Reprodução
Pacientes denunciam cortes na verba da saúde em Cabo Frio: "restrição nos atendimentos e na confecção de exames"
Segundo a denúncia, geralmente, são confeccionados em torno de 30 a 40. Agora, estariam sendo permitidos apenas de três a quatro
Cabo Frio - Pacientes estão denunciando cortes drásticos nas verbas da saúde pública de Cabo Frio, o que estaria acarretando restrições nos atendimentos, na realização de exames nos hospitais da cidade e redução de insumos. Segundo relatos, eles foram pegos de surpresa nesta semana, não recebendo os devidos cuidados. Um exemplo citado foi o número de testes de HIV disponibilizados numa segunda-feira. Geralmente, são realizados em torno de 30 a 40. Agora, estariam sendo permitidos apenas de três a quatro.
De acordo com um paciente, a descoberta foi feita devido à dificuldade de marcação de um acompanhamento de HIV. Vale pontuar que, atualmente, a cidade possui mais de 1 mil pessoas que tratam a doença.
O denunciante, no caso, queria fazer a marcação de um exame de acompanhamento no Hospital Dia, no bairro São Cristóvão. Ele não obteve sucesso, “pois não tinha vaga, devido à diminuição de vagas”. Agora, a preocupação dele são possíveis efeitos adversos devido aos medicamentos que utiliza e possíveis alterações que apenas com o exame são perceptíveis.
“Eles atendem crianças expostas ao HIV, ao sífilis e a outras doenças infecciosas que precisam de exames laboratoriais de controle adequado. E se alguma coisa acontecer? E as pessoas com tuberculose, que necessitam de exames laboratoriais? Até mesmo uma simples coleta de sangue! É um absurdo impor um limite de dois exames, sendo que a necessidade é muito maior, de 30. E fiquei sabendo que outras unidades estão passando pelo mesmo. É corte de verbas. E os R$ 55 milhões recebidos pelo Ministério da Saúde? Já acabaram?”, questionou o paciente.
E, ainda conforme a denúncia, não há uma dinâmica de escolha sobre qual paciente será, ou não, atendido, ou passará por determinado exame. Ou seja, não estaria existindo uma triagem estabelecer grau de gravidade para a realização dos exames.
Por fim, o paciente precisou buscar atendimento em uma unidade particular. “Peguei dinheiro emprestado, vou fazer o que?”, questiona.
Diante dos fatos, o Jornal O Dia entrou em contato com a prefeitura, questionando sobre o possível corte de verbas. Em resposta, foi enviada a seguinte nota:
“Não houve corte de verba, mas sim um reajuste de exames para que todos fossem realizados dentro do sistema e visualizados. Anteriormente os exames eram feitos manualmente e não estavam sendo catalogados no sistema da prefeitura.
Com isso ocorreu uma alteração nas datas de marcação e realização dos exames, com o objetivo de obter maior transparência.
Todos os nossos pacientes continuam sendo atendidos.
A Secretaria”.
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