Ponto de ônibus Renata Cristiane
Esse é o segundo aumento deste ano. De acordo com a empresa, o reajuste determinado pelo DETRO/RJ através da Portaria DETRO/PRES. Nº 1.814, de 04 de julho de 2024, publicada no Diário Oficial do dia 08 de julho de 2024, ocorre para corrigir uma inconsistência no cálculo tarifário do último valor praticado desde o mês de fevereiro de 2024 e assim, garantir a manutenção do serviço essencial para a população. A mudança abrange rotas que interligam Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios.
Cristina de Souza Ferreira acredita que o aumento foi ingrato e comparou os valores cobrados na região, onde as distâncias são bem menores, com os da capital. “De Madureira a Copacabana você anda muito de ônibus e aqui, para você ir até são Pedro, que é tão próximo, é um preço absurdo desse. Então realmente é uma indignação”, disse.
A empresa afirmou em nota, que – de forma responsável e com o objetivo de entregar um serviço de qualidade, eficiente e inovador – não mede esforços nos investimentos constantes em tecnologia, conforto, atualização dos processos e renovação de frota.
Apesar dos investimentos declarados, Julia Maria, que também mudou do Rio recentemente, disse que não conseguiu ainda se acostumar com o serviço prestado em Cabo Frio. Ela contou que o ônibus que ela precisa simplesmente não passa e ela já chegou a desistir de esperar. “Apesar de eu não pagar, para as pessoas que pagam, esperar desse jeito não é justo”, declarou.
Mas a auxiliar de classe Camila Maiana, que já tem que lidar com a oscilação no pagamento do poder público, que muitas vezes atrasa, considera um absurdo o aumento e a participação da economia local como subsídio para a empresa. “Esse aumento é um absurdo, porque a prefeitura aqui em Cabo Frio já não paga passagem para os contratados, e a gente vira e mexe muda de escola, então é um absurdo esse aumento de passagem. Os ônibus lotados, não tem condição”, reclamou.
O reajuste também não agradou a Matheus Oliveira, que mora no bairro Colina em São Pedro. Ele acha que o valor é desproporcional à distância, principalmente porque a empresa não oferece um serviço à altura. O ônibus que ele pega, por exemplo, só tem apenas um circulando durante o dia.
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