Rodrigo Resende avalia que a ascensão de Campos em apenas três anos é no mínimo impactante Foto César Ferreira/Secom

Campos - Composto pelos indicadores de autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos, o Índice de Gestão Fiscal da (IGFF) de Campos dos Goytacazes (RJ) subiu 50 posições nos últimos dois anos, saindo da 73ª posição para a 23ª. Os dados acabam de ser apontados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), após avaliar a qualidade fiscal dos 92 municípios.
A justificativa para a subida do município no ranking estadual é a metodologia de gestão fiscal aplicada com transparência e austeridade adotada pelo governo municipal na atual gestão. Na comparação com cidades em condições similares, como São João de Meriti, Belford Roxo e Niterói, Campos se destaca de forma expressiva.
Os números revelados pela Firjan demonstram que no ano passado Campos alcançou o IGFF de 0,683, superando a média nacional. O prefeito Wladimir Garotinho atribui o quadro positivo também ao empenho dos servidores e aposta na possibilidade de até o final de sua gestão, o nome de Campos consiga subir mais posições.
“Foi divulgado o Índice de Gestão Fiscal da Firjan dos 92 municípios do Estado; em dois anos, a nossa gestão subiu 50 posições”, ratifica Wladimir recordando: “Encontramos Campos na posição 73 e em dois anos já elevamos a cidade para a posição 23. A expectativa é a de que, até o final desse primeiro governo, nosso município esteja entre os 10 melhores do estado em gestão pública”.
O secretário de Transparência e Controle, Rodrigo Resende explica que o IGFF é categorizado em crítica, para valores abaixo de 0,4; dificuldade, no caso de resultados entre 0,4 e 0,6; boa, com base nos valores entre 0,6 e 0,8; e excelência para valores acima de 0,8.
Na linha do tempo, Rodrigo aponta o desempenho em curva ascendente na qualidade da gestão fiscal do município, com ênfase a partir de 2022: “Em 2020, Campos ocupava a 4.724ª posição no ranking nacional e a 73ª no estadual, com um IGFF geral de apenas 0,2547. No entanto, esse cenário mudou drasticamente nos anos subseqüentes”.
CONSCIENTIZAÇÃO - Os indicadores demonstram que em 2022, o município continuou sua ascensão, alcançando a 2.288ª posição no ranking nacional e a 23ª no estadual, com um IGFF de 0,683, ainda acima da média nacional que foi de 0,6250: “Se analisados por um prisma das magnitudes, a ascensão de Campos em apenas três anos é no mínimo impactante”, observa Rodrigo.
O secretário enfatiza que o IGFF de Campos cresceu 168,16% no período: “A mudança de paradigma na implementação de nova metodologia na gestão fiscal no âmbito da Prefeitura teve início com a conscientização da equipe do prefeito Wladimir Garotinho quanto à realidade incipiente da gestão aplicada até 2020”.
Outro fator ressaltado pelo secretário é que o ímpeto para mudar veio com a conscientização da situação fiscal: “Em 2020, o IGFF de Campos para o indicador gastos com pessoal, por exemplo, era apenas 0,2748, situando o município na 3994ª posição nacional e 61ª no estado, neste indicador em particular; em 2022, atingiu o índice máximo neste quesito, ocupando a primeira posição tanto no ranking nacional quanto estadual”.
No contexto da melhoria da gestão fiscal no Norte Fluminense, Campos aparece suplantando os das demais da região, como ocorre em relação a São João da Barra, agraciada com recursos expressivos na receita própria advindos do Imposto Sobre Serviços (ISS) gerado pelas empresas do Porto do Açu.
SOBE E DESCE - “Enquanto Macaé liderou o ranking em 2021 e 2022, cidades como São Fidélis experimentaram uma queda, registrando o índice mais baixo da região em 2022, com 0.447”, assinala Rodrigo destacando que Macaé, apesar de ter mantido um desempenho forte, não conseguiu superar o crescimento acelerado de Campos em termos de ranking.
“Macaé foi da 10ª posição estadual em 2020 para a 3ª em 2022; mas Campos saltou 50 posições, uma melhoria mais acentuada”, analisa o secretário resumindo: “São João da Barra, que ocupava a primeira posição em 2020, foi superada por Campos em 2022; comparado com outros municípios da região, Campos demonstra um ímpeto singular na melhoria da gestão fiscal”.
Como exemplos, Rodrigo cita que enquanto São Fidélis experimentou uma queda, passando da 65ª posição estadual em 2020 para a 73ª em 2022, Campos avançou, do 73º lugar estadual para o 23º no mesmo período: “Cardoso Moreira passou da 51ª para 64ª; em contraste, Campos subiu 50 posições no ranking estadual”.
Em relação a São João da Barra, o vizinho município caiu da 7ª para a 24ª posição no ranking estadual, enquanto Campos ascendeu para a 23ª; Já São Francisco de Itabapoana aparece indo da 68ª posição para a 59ª; porém, sem conseguir acompanhar o ritmo de Campos.