As portas da Câmara foram fechadas e a entrada principal protegida por policiais militares Foto Divulgação

Campos – “Votem LOA já!”, “Sem Loa vai morrer gente”, “Votem a LOA para Campos não parar” são algumas das frases estampadas em faixas exibidas por mais de 500 pessoas que se encontraram, nesta quinta-feira (11), em frente à Câmara Municipal de Campos (RJ), se manifestando contra a posição do presidente do Legislativo, Marquinho Bacellar, de não colocar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 para ser votada.
Os manifestantes (a maioria representantes de entidades assistenciais que recebem repasses financeiros do governo municipal e respectivos beneficiados) também demonstraram revolta, por terem sido chamados de “gado do prefeito”, por Marquinho Bacellar.
As portas da Câmara foram fechadas e um cordão de policiais militares fez proteção da entrada principal; mas, apesar da revolta demonstrada pelos manifestantes, o ato foi pacifico – não tendo sido registrado nenhum incidente. Os manifestantes ocuparam a escadaria do Legislativo, na Avenida Alberto Torres e o Jardim do Liceu de Humanidades, que fica em frente, desde as 16h, até por volta das 19h.
Também alguns vereadores da base do governo participaram; crianças assistidas por projetos sociais foram levadas pelos pais, muitos gritando em coro: “Apareçam e votem a LOA”, “Sem a LOA é covardia”. Enquanto isso, uma audiência no Ministério Público do Estado (MPRJ) aconteceu, com foco no problema.
A expectativa é de que o MPRJ possa tomar uma decisão urgente, para evitar que o caos que começa a ser instalado no município avance. O prefeito Wladimir já anunciou que o governo tem dinheiro em caixa, porém, está impossibilitado de usá-lo, por falta de orçamento. Nessa quarta-feira (10) ele decretou estado de calamidade orçamentária no município.
As programações de shows do verão nos balneários de Lagoa de Cima e da praia do Farol de São Thomé também já foram suspensos, por falta de suporte financeiro para manter as estruturas. Caso a LOA não seja votada até o próximo dia 17, o prefeito afirma que não terão como efetuar nenhum pagamento, inclusive salários aos servidores.