Os técnicos concluíram que a demolição é inevitável e os trabalhos foram iniciados nesta segunda-feira Foto Luiz Costa/Divulgação

Campos – Embasado em laudos técnicos da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Obras, o governo de Campos dos Goytacazes (RJ) decidiu pela demolição do que ainda restava do prédio do antigo Hotel Flávio, no centro da cidade; como forma de evitar danos maiores (até tragédia) a população, principalmente comerciantes, moradores e pessoas que transitam pelas proximidades.
O secretário de Defesa Civil, Alcemir Pascoutto, explica que a ação foi iniciada nesta segunda-feira (12), em função do feriado de carnaval, quando o comércio está fechado. Ele lamenta que tenha chegado a esse ponto, afirmando que há mais de seis meses, a prefeitura busca mediar uma solução amigável junto aos proprietários, sem sucesso.
“A demolição será concluída nesta terça-feira; é feita em dias de feriado para que não cause ainda mais transtorno aos cidadãos que transitam no local e aos comerciantes”. Pascoutto ressalta que o custo para a demolição será colocado em dívida ativa, em nome dos proprietários do imóvel, como prevê a lei. Representantes da Secretaria de Obras e Infraestrutura e da Defesa Civil acompanham o trabalho.
“A decisão foi necessária, diante do risco iminente de desmoronamento, risco a vida e, também, a toda parte elétrica do centro da cidade, levando em conta que a estrutura cairia, inevitavelmente, sobre ela”, justifica o secretário pontuando que, anterior ao incêndio ocorrido no hotel, em 2012, houve um desabamento interno, se juntando resto de material considerado de fácil combustão.
“Ainda nesse período, houve ocupação por parte de moradores de rua que, num dado momento, colocaram fogo nesse material, causando uma fragilidade grande na estrutura das paredes que receberam uma temperatura muito elevada”, observa Pascoutto realçando: “Pela análise da comissão técnica, ao longo desse período vem se tentando fazer com que os proprietários desse imóvel preservassem pelo menos a fachada, o que não aconteceu”.
Pascoutto enfatiza que a comissão formada pelas secretarias de Obras, Defesa Civil, Serviços Públicos e Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal – (Coppam), diante do risco que toda a estrutura estava representando, principalmente, com relação ao período de chuvas constantes e ventos fortes, tomou a decisão de fazer a demolição.