Ronaldo Junior entende que imortalidade não vem pelo título, mas pelas ações em prol da cultura Foto Divulgação

Campos – “Vejo a Academia Campista de Letras (ACL) como uma das instituições responsáveis por salvaguardar o patrimônio cultural campista, com destaque para a expressão literária”. A opinião do presidente da entidade, Ronaldo Junior, reflete a importância de uma casa que resiste a obstáculos naturais na linha do tempo e chega aos 85 anos no próximo dia 21, em Campos dos Goytacazes (RJ).
A comemoração - iniciada neste sábado (8) com exposição de ilustrações do grupo Urban Sketchers Campos - será em cinco etapas. A próxima será uma mesa redonda, às 19h do dia 13, a para homenagear a Livraria Ao Livro Verde (a mais antiga do Brasil) por seus 180 anos de fundação.
Com início no mesmo horário, dia 17 acontecerá conferência em homenagem aos 95 anos de fundação da Associação de Imprensa Campista (AIC). Fechando a programação, na data principal (21) acadêmicos e acadêmicas serão homenageados, quando receberão a Comenda da Academia Campista de Letras.
Além de membro mais jovem (tomou posse na cadeira nº 07 aos 22 anos, em outubro de 2018) Ronaldo também é o acadêmico mais jovem a chegar à presidência, aos 28 anos. A ACL tem 40 cadeiras; das quais, 33 estão ocupadas por membros efetivos (21 homens e 12 mulheres). O membro mais idoso é o acadêmico Joel Maciel Soares, nascido em 1927 (97 anos).
De acordo com o presidente, para preenchimento das sete cadeiras vagas, serão abertos editais. Pelo estatuto, para concorrer, é necessário ser brasileiro nato ou naturalizado, maior de 21 anos, residente há mais de dois anos no município-sede ou em município das regiões norte e noroeste do estado do Rio de Janeiro e autor de livros ou trabalhos literários de reconhecido mérito, publicados em vernáculo.
COMPROMETIMENTO - “A eleição é feita pela assembleia de acadêmicos convocada para esse fim”, ressalta Ronaldo apontando ainda, como fundamental, o comprometimento com a instituição, tanto pelo pagamento da anuidade definida como também pela contribuição com os eventos da Casa e suas ações num geral.
Na avaliação do presidente, ser membro da ACL é ter a honra e a responsabilidade de ostentar o título de uma instituição que teve como acadêmicos alguns dos mais relevantes nomes da história recente do município de Campos, “mas, principalmente, ter a consciência de que a imortalidade não vem pelo título, mas pelas ações em prol da cultura campista”.
Ronaldo Junior pontua, como papel da ACL, promover debates sobre os símbolos, da história e da cultura do município. “Isso quer dizer que a Academia não existe para permanecer enclausurada entre suas paredes para contemplar a própria história: a instituição precisa estar aberta ao público em geral, para dar à sociedade sua contribuição cultural”, relata.
Nas gestões de Arlete Sendra, Elmar Martins, Hélio Coelho, Herbson Freitas e tantas outras a entidade investiu em ações culturais com dinamismo. Ronaldo Junior segue dinâmica semelhante, por meio de eventos públicos e parcerias com instituições que possuem o mesmo compromisso cultural; inclusive para comemorar os 85 anos de fundação.