Águas do Paraíba garante que controle de qualidade na estação de tratamento é permanente Foto Divulgação

Campos – A água consumida em Campos dos Goytacazes (RJ) continua com cheiro e gosto estranhos (semelhantes a “pó de broca”). A concessionária Águas do Paraíba, que cuida do abastecimento do município, garante que está dentro dos padrões legais e próprio para o consumo; porém, muita gente não leva em consideração.
Algumas pessoas alegam que observaram o problema desde o final da semana; outros, na segunda-feira (22). Com a desconfiança gerada quanto à qualidade, a venda de água mineral aumentou e oportunistas já superfaturam os preços. O Procon orienta que qualquer denúncia pode ser feita através do número (22)981752561.
Não é em todos os bairros que a água apresenta irregularidades no gosto e no cheiro, fato que causa ainda mais estranheza. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Laboratório de Ciências Ambientais, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) coletaram amostras diretamente do Rio Paraíba do Sul, nesta quarta-feira (24), para análises; mas o resultado somente deverá ser conhecido em dez dias.
No entanto, conforme O Dia já noticiou, o Inea antecipa que buscou informações, inclusive junto ao Estado de Minas Gerais, para averiguar a possibilidade de algum vazamento acidental de substância que possam ter causado alterações na qualidade da água, sem nenhum resultado de contaminação até o momento.
A empresa Biovep Qualidade Ambiental – licenciada pelo Inea desde 2021 para atuar no ramo de controle de pragas e limpeza de reservatórios de água – postou nas redes sociais esclarecendo para a população sobre a substância “geosmina”, que poderia estar provocando o forte odor e alteração no sabor da água em Campos.
‘GEOSMINA’ - “O que provoca esta mudança no sabor e no cheiro da água é a presença de uma substância chamada ‘geosmina’, produzida por alguns microrganismos”, diz a publicação acentuando que a substância está presente na água do rio em maior quantidade devido a alguns fatores como a época de estiagem, temperatura e luz ideal.
“A boa notícia é que a ‘geosmina’ não causa problema em nós. Nossa empresa está trazendo a público informação para ajudar a divulgar informações verdadeiras sobre o tema”, enfatiza a Biovep. Através de nova nota, Águas do Paraíba reforça que toda a água fornecida para a cidade está dentro dos padrões legais (Portaria nº 888 – Padrões de potabilidade de água).
“O Rio Paraíba do Sul está sendo monitorado diariamente e em nenhuma das análises foi detectada presença de algas e toxinas foras dos parâmetros definidos nesta portaria, não confirmando a presença de geosmina”, assinala realçando que, historicamente, nesta época do ano, devido ao baixo índice de chuvas e alterações bruscas na temperatura, ocorre o aumento da presença de algas.
A concessionária escreve ainda: “Mesmo nessas situações passadas, nossas unidades de tratamento sempre estiveram preparadas para tratar a água nessas condições, fornecendo sempre água dentro dos padrões de potabilidade”. E acrescenta que mantém intensificado o monitoramento do Rio Paraíba do Sul, de todo o processo de tratamento da água, e do controle da qualidade.