Durante reunião na sede da Firjan Região Norte, vários pontos sobre o pré-sal foram pontuados Foto Divulgação

Campos/Região - “A instalação das operações da Petrobras na região representa não apenas um avanço significativo na exploração e produção de petróleo, mas também um impulsionador crucial para o desenvolvimento econômico e social”. A avaliação é do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) no Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira, ao comentar informação de que já existe óleo sendo produzido do pré-sal da Bacia de Campos.
Durante reunião realizada na Firjan Norte Fluminense, em Campos dos Goytacazes, no último dia 14, representantes da Unidade de Negócios da Petrobras na Bacia de Campos (UN-BC) informaram que a estatal já encontrou e produz óleo no pré-sal da bacia; mas, que ainda serão feitos mais estudos exploratórios para ampliar a produção na região.
A pauta foi tratada com autoridades e presidentes de diversas entidades e sindicatos. Na oportunidade, também houve homenagens à Petrobras, marcada pela entrega de miniatura de uma plataforma fabricada no FabLab da Firjan Senai com registro dos 50 anos da descoberta na Bacia de Campos.
Siqueira ressalta que a Firjan se orgulha de contribuir com a formação de mão de obra qualificada, estimulando pequenos e médios fornecedores e fornecendo uma série de estudos capazes de atrair novas empresas para a região. A produção em novos poços do pré-sal, se confirmada, será um novo marco que se soma a uma série de projetos de energias renováveis”.
NOVO POTENCIAL - Segundo o gerente de serviços na UN-BC, Bruno Pereira, novos recursos têm sido aportados para que algumas plataformas continuem em operação até 2050: “Mas, o horizonte pode ser ainda maior, diante da possibilidade de descoberta de novas áreas do pré-sal na Bacia de Campos. Sim, existe pré-sal na bacia; já temos poço produzindo, ou seja, existe camada de óleo abaixo da camada de sal”, ratifica.
“Logicamente, a campanha de exploração atualmente em vigor é que vai demonstrar se há novo potencial para desenvolver, e isso pode trazer excelentes notícias num futuro breve”, explica Pereira. Geraldo Barros de Miranda, gerente Operacional da UN-BC, acrescenta que o mercado de descomissionamento vai movimentar cerca de US$ 8 bilhões apenas nas unidades da Bacia de Campos – 70% do volume nacional.
Trata-se do processo de retirada de antigas plataformas e sua destinação para o desmantelamento, sempre de forma segura, sustentável, seguindo as certificações internacionais, com o reaproveitamento de suas partes e peças em outros processos industriais.
“A Bacia de Campos foi pioneira na exploração de águas profundas, e agora somos pioneiros
também no processo de descomissionamento”, pontua Miranda afirmando que até 2028 serão 23 unidades e outras 40 unidades entrarão neste processo a partir de 2028: “A segunda plataforma a iniciar o descomissionamento está atualmente no Porto do Açu”, relata.