Posso conduzir o carro de minha vida, minha vida é minha estrada, repleta de curvas e avenidas, subidas íngremes e descidas tortuosas. Tenho carteira de habilitação, que conquistei a duras batalhas.
Posso lutar, enfrentar intempéries.
Posso mergulhar em abismos insondáveis e voar por infinitas pradarias, repletas de búfalos, tigres e lírios, mas também ovelhas e gatos, cães e patos, e gente, embora eles ainda não se comuniquem como um dia acabará acontecendo, quando os convencionalismos das espécies tiverem se atenuado.
Sinos tocam anunciando que escolho viver, suplantar dúvidas e dívidas, seguir na companhia da Teosofia, a sabedoria dos deuses, junto a filósofos sintonizados com o propósito do autoconhecimento e do serviço voluntário.
Nada menos me importa, só o ser vindo a ser permanentemente, no eterno vai-e-vem das marés deste espetáculo chamado Manifestação. 
Não há marasmo para quem entra nos trilhos da grande jornada e aceita a peregrinação obrigatória pelos ciclos da existência, para aqueles que seguem o fluxo da Essência que jorra dos Planos Superiores e desce até nós como carma, compaixão e impulso.
Não há nada que nos falte – pois somos plenos – apenas a espera um tanto demorada para nos tornarmos quem já somos, enquanto nos desdobramos na paisagem indelével do tempo-espaço irreal, mas verdadeiro.
Um dia entenderemos que – como ensinou H.P. Blavatsky – uma coisa pode deixar de existir, mas continuar a ser.
Isso é o que somos: micro e macro de mãos dadas, na aparente diversidade, porém na absoluta veracidade da Unidade. Continuemos. Vamos!