Fernando MansurSABRINA NICOLAZZI
Assim, de repente, me veio essa imagem, um tipo de insight, bem nítido, ao ter um pensamento vulgar. Por que pobre? Porque ainda abrigo pensamentos de limites, baixezas, medos e invejas, mesquinhez e avareza. Como alguém com tais sentimentos pode se sentir livre?
O sentimento de pobreza foi profundo e tocou algum ponto até então impenetrável de meu ser.
Dinheiro só não torna ninguém rico, mas a formosura daquilo que abrigamos sob a pele clara ou escura, beleza pura.
Hoje me vi feio, não com a feiura usual de um físico desarmônico, mas aquela de perceber a amplitude possível ser enquadrada, limitada pela vileza de um pensamento diminuidor. Esta é a causa da dor verdadeira, costumeira, repetitiva, que nos acompanha sem nos darmos conta de sua origem.
A transcendência é o salão de embelezar sentimentos.
É para lá que eu vou. Podemos. Vamos!
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