Arte coluna além da vida_Atila Nunes 20 janeiro 2024Paulo Ésper

Para todos nós que cremos na reencarnação, o espírito é eterno e sobrevive após a morte. A Lei Divina é clara: tivemos e teremos muitas vidas, reencarnando seguidamente, até atingir a perfeição, seja aqui na Terra, seja em outros mundos.

A ideia de "castigo divino" sempre me soou contraditória. Na Alternativa Espírita do nosso Décio Pattini, não deixa dúvidas que o sofrimento não é um castigo divino, mas, sim, uma consequência dos nossos atos impensados ou egoístas. O sofrimento pode ser opcional. Se nós repararmos o erro, não teremos necessidade de sofrer. Podemos pagar o Mal com o Bem.

Nossa matéria ainda é muito grosseira. Ela abriga o espírito e o perispírito, este último uma espécie de invólucro semimaterial que envolve a matéria. Para entender melhor, imagine as várias camadas de uma cebola descascada. O espírito é nossa essência mais pura. O perispírito adquire a forma da encarnação atual. Após a morte, dependendo da sua evolução, pode mudar sua aparência.

E a sua aparência? Como salienta Pattini, geralmente, o espírito mantém a aparência da sua última encarnação na Terra para ser reconhecido por seus parentes através da mediunidade de vidência, psicofonia ou psicografia. Isso é uma característica dos espíritos mais evoluídos. Espíritos atrasados têm dificuldades em atravessar paredes e portas. Seu perispírito ainda é muito grosseiro.

A aparência de um espírito desencarnado provém de sua evolução espiritual. Um espírito evoluído sempre tem muita luz e o médium sente bem-estar quando o vê ou sente sua presença. A doença aparece por conta de karmas negativos contraídos na vida atual ou vidas passadas. Pode ser a consequência de uma vida desregrada, ambiente e alimentação. Mas Deus nos deu a cura e reabilitação através da ciência, medicina e dos medicamentos.

O que acontece quando uma pessoa adoece e entra em coma no hospital, induzido ou não? O coma induzido é aquele provocado por medicações fortes para auxiliar no tratamento médico. Algumas doenças cerebrais podem provocar o coma. Acidentes, idem. Algumas pessoas permanecem em coma por muitos dias e até anos, parecendo dormir e até precisando do auxílio de máquinas até para respiração.

Algumas voltam à consciência, outras não, continua o Decio Pattini do Alternativa Espírita. Quando os neurônios morrem, o restabelecimento é impossível. Algumas famílias, nesse momento de dor, doam os órgãos sadios do familiar querido. Essa atitude tem salvado muitas vidas através dos transplantes.

A pessoa pode sentir o carinho e ouvir os entes queridos mesmo estando inconsciente. Seu corpo material dorme, mas o espírito permanece desperto. Conversam com parentes desencarnados e seu espírito pode deslocar-se para outros planos. Outras ficam ao lado do corpo e observam tudo o que acontece à sua volta: o movimento dos médicos e enfermeiros no hospital e os ruídos naturais de uma UTI, por exemplo. Sentem as emoções, mas não conseguem expressá-las. O corpo jaz imóvel no leito.

O corpo dorme, mas o espírito fica alerta. Como chama atenção a análise do Alternativa Espírita, conversar com o doente pode ajudar na sua recuperação. Mesmo que ele não mova um músculo, sentirá o seu carinho. Algumas pessoas ficam em coma por vários anos e, mesmo após o desligamento das máquinas, continuam vivas. Pode ser uma prova que elas mesmo escolheram quando programaram sua reencarnação. Ou até um repouso para a matéria e fase de reflexão para o espírito.

Algumas pessoas despertam do estado de coma e não têm lembrança desse período. O estado de coma é um sono longo e profundo. Quando dormimos, nosso espírito sai do corpo e pode entrar em contato com entes queridos em outros planos siderais. A prece e o carinho da família podem acelerar o processo de cura (Sandra Cecília).

Átila Nunes