Os sábios nos contam que uma pessoa que fica furiosa é considerada como se estivesse praticando idolatria. Mas qual ídolo ela estaria cultuando? O Centro Espírita Irmãos da Nova Era traz uma análise do Rabino Kalman Pakouz, que pergunta e ele mesmo responde: essa pessoa cultua a si própria.

Segundo ele, ficamos com raiva porque temos a expectativa que tudo precisa correr exatamente como queremos. Uma pessoa dominada pela raiva prejudica a si mesma, retirando dela a felicidade de viver. Uma pessoa com raiva perde o controle e fica abandonada aos caprichos de forças exteriores à sua pessoa.
Alguns ficam com raiva por razões sem grande importância. Exemplos: a gente está caminhando pela rua e tropeça num buraco ou, então, uma criança não nos obedece. Ora, observe que, no primeiro caso, algo aconteceu (o tropeço) que não era esperado. No caso da criança, ficamos frustrados por nossa vontade não ser atendida.
A verdade dolorosa: a raiva surge porque nosso ego é frágil, lembra o Rabino Kalman Pakouz. Acabamos interpretando as coisas que acontecem como um ataque pessoal ao invés de considerá-las como uma casualidade, preguiça ou incompetência.

Uma pessoa nervosa que é fisicamente atacada utiliza a raiva para responder, jamais seu intelecto. Alguém com raiva pode até ser ouvido (se tiver poder ou força), mas será julgado como um descontrolado ou desequilibrado gritando. Ela será uma pessoa temida, mas não amada. Resumindo: aumenta sua pressão sanguínea e não consegue uma solução para o problema causador de sua ira.
"Os pais devem apenas três coisas a seus filhos: exemplo, exemplo e exemplo". Diz-se que criar filhos gritando com eles é como dirigir um carro sem tirar a mão da buzina. Os pais devem parecer estar bravos ao repreender seus filhos, mas nunca puni-los por estarem bravos, pontua Pakouz.

A raiva pode ser controlada, sim. Imagine que alguém trombou na rua com você com muita força. Você fica com raiva, se vira e... Descobre que foi um homem cego responsável pela trombada. Ou, então, era uma pessoa especial que há muito tempo você queria encontrar. Mas pode ser um assaltante com dois metros de altura armado. Suas reações seriam diferentes: "Puxa, o senhor se machucou?" ou "Olá. Há quanto tempo!!!" ou ainda "Por favor, por favor, não se zangue, me desculpe!".

O fato é que a raiva repentina em relação a alguém pode ser resultado de influências espirituais negativas, como obsessão espiritual ou interferência de espíritos perturbadores. Além disso, também pode ser um reflexo de questões não resolvidas em vidas passadas ou uma oportunidade de aprendizado e crescimento espiritual.

No espiritismo, a visão e explicação sobre a raiva de uma pessoa podem envolver conceitos como obsessão espiritual, influências espirituais negativas, aprendizado e crescimento espiritual, reencarnação e resgate de débitos cármicos.
Átila Nunes