Os espíritos possuem afeição por determinadas pessoas. Os bons espíritos simpatizam com as pessoas de bem ou com aquelas que estão no processo de progressão espiritual. Já os espíritos inferiores se apegam às pessoas de má conduta, que colecionam hábitos ruins, como vícios.

Os bons espíritos se preocupam pelos nossos infortúnios e, geralmente, se compadecem pelos nossos sofrimentos, ajudando-nos a ter a coragem para nos reerguermos. Entre esses espíritos protetores temos os anjos da guarda. Todos pressentem a permanente atuação desses bons espíritos, os anjos da guarda.

Os anjos da guarda não são seres à parte da Criação, mas de entidades que assumem como missão o compromisso de nos assistir e velar por nós na existência terrena, aconselhando-nos sem afetar o nosso livre-arbítrio, guiando nossos passos. Sentem-se satisfeitos quando acatamos suas sugestões e quando repelimos o mal, mas ficam sentidos quando preferimos dar atenção à influência de espíritos inferiores.
Anjo da guarda, segundo a Doutrina Espírita, é o espírito protetor de uma ordem elevada. A missão do espírito protetor corresponde a de um pai para com os filhos, conduzindo o seu protegido pelo bom caminho, ajudando-o com os seus conselhos, consolando-o nas suas aflições e sustentando sua coragem nas provas da vida.
Alguns espíritos se ligam a uma determinada família, cujos membros estão unidos pela afeição. Passam, assim, a ser espíritos familiares. Eles têm afeição e se unem a essas pessoas por laços mais ou menos duráveis, com o objetivo de lhes serem úteis dentro de suas limitações. São bons, porém, só atuam por ordem ou permissão dos espíritos protetores.
Os espíritos familiares são aqueles que se sentem atraídos para o nosso lado por afeições particulares e ainda por uma certa similitude de gostos e sentimentos, tanto para o bem como para o mal. De um modo geral, a duração de suas relações é quase sempre subordinada às circunstâncias, pela lei de sintonia vibratória ou pelas afinidades. Os espíritos familiares, ao longo das reencarnações, criam laços indissolúveis que os ligam de forma duradoura.
Os espíritos, mesmo quando encarnados, sentem-se atraídos pela simpatia, independentemente dos laços consanguíneos. Após se desvencilharem do corpo físico e voltados aos verdadeiros valores espirituais, estreitam ainda mais esses elos.
Todos os indivíduos deveriam procurar sentir a amiga e respeitável presença dos espíritos protetores, sem com isso desrespeitarem o limite que existe entre eles. Não lhes é permitido interferir nas atividades e decisões dos homens. A ação dos espíritos que vos querem bem é sempre regulada de maneira a nos deixar escolher através do livre-arbítrio.

A interferência dos espíritos nas dificuldades faria com que os indivíduos não aprendessem e adquirissem experiência. Ela só é adquirida quando aprendem a equacionar os problemas que surgem. Mesmo em nossas quedas, os espíritos procuram nos levantar, não nos deixando à mercê das dúvidas e inquietações, como analisa nosso irmão Décio Pattini.
Átila Nunes