A questão da violência contra crianças é um tema de grande relevância social, que ganha ainda mais importância quando analisada sob a ótica do Espiritismo. A violência, em qualquer forma, é um ato condenável que fere os princípios da caridade, da compaixão e do respeito ao próximo, pilares fundamentais da doutrina.
Dados do Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, em 2020, mais de 80 mil crianças foram vítimas de abuso sexual, sendo 70% dos casos praticados por familiares ou pessoas próximas. Além disso, estima-se que a cada dia, cerca de 4 crianças são mortas em decorrência de agressões físicas.
Do ponto de vista espírita, a violência contra crianças é vista como um crime de grande gravidade, pois além de causar sofrimento físico e emocional à vítima, pode gerar traumas profundos que se estendem por toda a vida.
As causas da violência contra crianças podem ser encontradas, por exemplo, na ignorância de princípios como a falta de conhecimento sobre a Lei de Causa e Efeito, a reencarnação e a caridade. Os autores dessa violência podem levar indivíduos a agirem de forma egoísta e violenta, sem considerar as consequências de seus atos.
Todos estamos sujeitos a influências espirituais negativas. Existem espíritos que podem influenciar o comportamento de encarnados, incitando-os à violência e à crueldade. Em alguns casos, a violência contra crianças pode ser vista como uma forma de expiação de dívidas cármicas contraídas em vidas passadas, tanto para a vítima quanto para o agressor.
As consequências da violência contra crianças podem ser devastadoras e duradouras, afetando tanto o desenvolvimento físico quanto emocional da criança. Entre os principais danos podemos citar os traumas psicológicos como ansiedade, depressão, baixa autoestima, distúrbios do sono, pesadelos e até mesmo transtorno de estresse pós-traumático. Esses são alguns dos traumas psicológicos que podem se manifestar em crianças de violência.
Problemas de relacionamento são comuns nesses casos. Dificuldades em estabelecer e manter relações de confiança, isolamento social e comportamentos agressivos podem ser consequências da violência sofrida. É óbvio que também surgirão dificuldades de aprendizagem. O sofrimento físico e emocional pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo da criança, afetando seu desempenho escolar e capacidade de aprendizado.
Diante desse cenário preocupante, o Espiritismo oferece um olhar acolhedor e propositivo para a questão da violência contra crianças, reconhecendo a necessidade de ações conjuntas que envolvam a prevenção. A coleta de dados precisos sobre a violência contra crianças é essencial para compreender a magnitude do problema e direcionar ações de forma eficaz.
É fundamental que casos de violência contra crianças sejam denunciados às autoridades competentes, garantindo a proteção da vítima e a punição dos agressores. A luta contra a violência contra crianças é um dever de todos nós. Através da compreensão das causas do problema, da conscientização da sociedade e da implementação de medidas eficazes de prevenção e amparo, podemos construir um futuro mais justo e seguro para nossas crianças.