A cavalhada é uma das atrações turísticas da tradicional Festa de Santo Amaro, na Baixada Campista Foto Tarcísio Nascimento/Divulgação (Arquivo Secom)

Todo dia 15 de janeiro, o interior de Campos é tomado por milhares de fiéis, devotos de Santo Amaro. A festa em homenagem ao padroeiro da Baixada Campista, que este ano chegou a sua 292ª edição, é marcada por muita fé e devoção. Milhares percorrem a pé os cerca de 40 km que dividem a cidade do distrito de Santo Amaro, centro dos festejos. É lá que, na parte da tarde, acontece a tradicional Cavalhada – a simulação de uma luta entre mouros e cristãos, travada por dois times a cavalo.
A Festa de Santo Amaro coloca o estado do Rio de Janeiro no mapa do turismo religioso brasileiro, que tem expoentes de peso, como o Sírio de Nazaré (PA), a Festa de Nossa Senhora Aparecida (SP) e a romaria em homenagem ao Padre Cícero (CE).
Além de celebrar a força religiosa do povo, espetáculos de fé de tal proporção aquecem a economia dos municípios, movimentando uma rede de negócios que abrange desde hotéis e restaurantes até empresas de transporte, passando pelo comércio de artigos religiosos e a indústria de entretenimento.
Apesar do potencial, o turismo religioso ainda enfrenta desafios, como a necessidade de maior profissionalização e infraestrutura em alguns destinos. Investir em divulgação, acessibilidade, segurança e qualidade dos serviços pode ampliar ainda mais o impacto positivo do setor. Além disso, há oportunidades para diversificar as experiências oferecidas, com a criação de roteiros temáticos e atividades culturais relacionadas à religião. Um tema para que governos e autoridades religiosas pensem com uma atenção especial.
Outras celebrações vêm aí, como as festas em homenagem a São Sebastião, padroeiro do Rio e de diversas cidades. Que a tradição continue viva nos corações de quem tem fé.