Maria Emília de Castro Zagallo processou o pai em 2020 para tentar tirar parte dos bens que ele recebera de sua esposa morta Reprodução/Instagram

Em vida, Zagallo teve que recorrer à justiça para se desvincular de uma conta conjunta que mantinha com os filhos, Mário Cesar Zagali e Maria Emília de Castro Zagallo. Segundo consta, o banco não acatou as solicitações feitas pelo já falecido futebolista e seu filho de não mais terem vínculo bancário com Maria Emília, que processou o pai em 2020 para tentar tirar parte dos bens que ele recebera de sua esposa morta.
De acordo com apuração no site Notícias da TV, Zagallo e o filho caçula pediram indenização ao banco Santander após a instituição "prejudicá-los". A ação tramitou no 1º Juizado Especial Cível da Regional da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, de junho a outubro de 2022. Tanto o ex-jogador de futebol quanto o herdeiro foram indenizados em R$ 3 mil por danos morais.
Os autores alegaram terem tentado contato "diversas vezes", mas não conseguiram sair da conta conjunta por "livre e espontânea vontade". Além disso, eles pontuaram que seu desejo não era o cancelamento da conta, apenas a dissolvição conjunta, para que não tivessem mais vínculo bancário com Maria Emilia. A conta estava sem movimentação há cinco anos, com apenas R$ 14 de saldo.
Zagallo e Mário Cesar ainda apresentaram documentos para contestar que tivessem qualquer empréstimo consignado ou débito que justificasse o não atendimento da demanda. Maria Emilia, apesar de participar da conta conjunta, não atuou na ação judicial.
Em sua defesa, o Santander afirmou que nenhuma das partes havia entrado em contato para solicitar a retirada dos participantes da conta conjunta. A instituição pontuou que os três titulares precisariam apresentar um pedido em consenso para qualquer decisão envolvendo a prestação de serviços.
Segundo o Santander, Zagallo e Mário Cesar só não foram retirados da conta conjunta antes porque Maria Emília, também titular, não havia se pronunciado oficialmente sobre o assunto em júdice.
A juíza Juliana Furtado Cardoso de Moraes Almeida França, do 1º Juizado Especial Cível da Regional da Barra da Tijuca, decidiu que o Santander "violou o princípio da confiança e causou danos" aos clientes por não os atenderem. Foi determinado, então, que Zagallo e Mário Cesar fossem excluídos da conta, que passou a ter somente Maria Emília como titular.