Seu JorgeReprodução/Instagram
Ele começou contando que em 1990 decidiu não trabalhar de carteira assinada, o que gerou conflitos com a família. "Meus pais e meus tios são todos da década de 30. Eu sou filho de pais retintos que também são filhos de pais retintos e a gente veio de um lugar de negritude", explicou.
Mesmo enfrentando adversidades, Seu Jorge persistiu em seguir seu caminho na arte. "Eles [os familiares] estavam esperando o telefone tocar e alguém dizer 'tá preso'. Eu estava vivendo em uma condição de rua para fazer isso", relembrou. “Falava que estava no teatro, fazendo minhas coisas, ninguém acreditava, achavam que era papo furado, que estava andando com gente torta”, detalhou.
Apesar de tudo, o cantor sempre acreditou em um futuro melhor. "Sofria muito, pra caramba, mas com resiliência [...] Eu sabia que a música ia me ajudar a restaurar minha dignidade", afirmou Seu Jorge. Ele revelou que os familiares o pediram perdão, mas entendeu o lado deles: “É que a gente não aprendeu a sonhar. Sonhador pra gente era perdedor e perda de tempo”, encerrou.
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