Nesta quarta-feira (12), a atriz Samara Felippo, de 45 anos, manifestou sua revolta em suas redes sociais devido ao andamento do processo de racismo envolvendo sua filha Alicia, de 14 anos. O episódio ocorreu em abril na escola onde a adolescente estuda, em São Paulo. No entanto, o andamento segue lento e, ao que tudo indica, a vítima não terá direito de fala.
Em conjunto com o advogado Hédio Silva Jr., a atriz se manifestou em seu perfil do Instagram. "Vítima de racismo explícito na escola, minha filha foi proibida de se manifestar no processo que apura a conduta de suas ex-colegas, que confessaram a prática de racismo. Ela poderá participar da audiência, mas calada, sem o direito de apresentar sua versão dos fatos", reveou.
Em seguida, a artista deixa uma pergunta para os seguidores: "Por que um ato infracional análogo ao crime de racismo está sendo tratado como violação de direito autoral?" escreveu. "Existe uma frase violenta de cunho racista no caderno, por que isso não está sendo levado em conta?", recordou.
A veterana mencionou que, apesar da notoriedade, ainda não recebeu a devida atenção: "A Justiça não me ouviu, não ouviu minha filha, nem nossos advogados. Não estou lutando apenas pela minha filha, venho há anos denunciando casos de racismo. Estou estarrecida. A relativização do racismo persiste", desabafou.
Para quem não sabe, Samara contou que Alicia foi vítima de ofensa racista na escola. "É impossível uma mãe não sentir raiva nesse momento. Arrancaram todas as páginas de um trabalho que ela fez com muito capricho, e dentro do caderno tinha uma frase de cunho racista gravíssima", relatou. A atriz destacou que, embora a escola tenha adotado medidas iniciais, o projeto antirracista ainda é falho. Ela pediu que sua filha não precise conviver com as agressoras para evitar reviver essa dor.
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