Cristian Cravinhos compartilha vídeo de Zé Felipe e envia recado sobre "consciência limpa" em meio à polêmica cena de calcinha da série TremembéFoto: Reprodução/ Redes sociais

Após o burburinho nas redes sobre a série Tremembé, que retrata o brutal assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, Cristian Cravinhos voltou aos holofotes, e, como sempre, da pior forma possível. Condenado pelo crime que chocou o país, ele decidiu mandar um “recado” à mídia e ao público nesta segunda-feira (03), após se incomodar com a maneira como foi retratado na produção.
Mas o que realmente parece ter mexido com ele foi a forma como foi retratado na obra. A produção mostra seu personagem em cenas onde são reveladas sua suposta homossexualidade e um fetiche em usar peças femininas dentro do presídio para se relacionar sexualmente com outro homem.

Nos stories, Cristian repostou um vídeo antigo do cantor Zé Felipe, em que o sertanejo fala sobre não se importar com o que dizem dele. "Eu cago, eu cago. Porque a gente tem que saber o que a gente é... se tiver com sua consciência limpa, meu irmão, quem gosta de você, vai gostar de você...".

Pois é. O timing e a escolha do vídeo não poderiam ser mais irônicos. Afinal, um homem condenado por participar de um duplo homicídio brutal dizendo estar com a “consciência tranquila” soa mais como deboche do que como autoconfiança. Seria ironia, provocação ou apenas um traço de sociopatia?

O que parece claro é que Cristian não digeriu bem o retrato da série, principalmente a cena em que o personagem que o representa aparece usando uma calcinha para se envolver com outro preso. Mesmo tentando bancar o “tô nem aí”, a reação pública mostrou o oposto: a série foi um verdadeiro soco no estômago e alugou um triplex na cabeça dele.

Na sequência dos stories, Cravinhos publicou outra mensagem reflexiva, dizendo que a vida muda “quando você desenvolve a capacidade de ser odiado”. Uma tentativa mal disfarçada de se colocar acima das críticas, mas que na prática só reforça o desconforto que ele tenta negar. 

O discurso de “consciência limpa” vindo de alguém com esse passado soa quase como uma piada de mau gosto. Cristian parece querer posar de filósofo de cela, mas o tom beira o deboche com a sociedade e com a própria memória das vítimas.

No fim, a tentativa de mostrar serenidade expôs exatamente o oposto: ele foi atingido, e em cheio.