
Comecei a escrever contos eróticos no início do ano e era como um hobby, um passatempo nas minhas horas vagas. Tenho amigos que escrevem textos para online e um deles me aconselhou e eu me empolguei com a ideia de compartilhar os meus contos. A brincadeira ficou séria.
São 11 contos e todos têm um plano sequência com começo, meio e um desfecho. Eles giram em torno de uma personagem central chamada Giselle, que tem suas fantasias, seus fetiches e desejos sexuais mais obscuros, todos realizados. A história começa com essa mulher casada, pensando que vivia um casamento feliz, amada e um belo dia descobre que o marido sempre a traiu. Depois de chorar e sofrer muito, ela decide se vingar do companheiro pagando na mesma moeda da traição. Eu empresto para a Giselle todas as minhas experiências sexuais.
Com certeza. Tenho material para próximos e mais próximos.
Eu pesquisei sobre shibari por conta de um dos meus contos. Tive a ideia ao ver umas fotos em um livro sobre prazeres sexuais e decidi pesquisar porque não sabia nada. Descobri um barzinho na Rua Augusta, em São Paulo, onde tem aulas de shibari, cenas e adeptos dessa prática e outras vertentes do sadomasoquismo. Resolvi fazer. Fiquei com muito medo e tensa porque as cordas apertam mesmo. Não é confortável. A ideia é a dor que traz o prazer. Fiquei chateada com as críticas e os julgamentos, mas eu já estou acostumada. Sou muito julgada.
Há três anos eu me libertei da opinião das pessoas. Ser escrava dessas críticas e julgamentos é a pior coisa que possa ter na vida. É cruel com você mesma. Ninguém vai te aprovar, as pessoas vão estar sempre ali te malhando, te colocando para baixo. Eu liguei o botoãozinho.