Frank Aguiar muda nome para Luz Aguiar: focado na espiritualidade
Frank Aguiar muda nome para Luz Aguiar: focado na espiritualidadeReprodução Internet
Por O Dia
Frank Aguiar e Luz Aguiar são a mesma pessoa. O cantor piauiense resolveu trocar o nome artístico depois de 30 anos de estrada, mas jura que continua sendo o 'Cãozinho dos Teclados'. "Vou continuar cantar o meu repertório porque jamais negarei a minha história. Eu sou muito grato a tudo que me fez chegar aqui. Não vai mudar nada, porém, devo fazer uma seleção mais musical nesse meio de mensagens positivas", explicou à coluna. Nesta entrevista exclusiva, Luz diz que se sente mais iluminado e mais forte espiritualmente. Falou sobre os estudos na área da Inteligência Emocional, do Chá Ayahuasca, o fim de sua carreira política e da dupla Simone e Simaria. "Como Deus foi bom por ter me colocado como ponte, um degrau nessa carreira de sucesso".
Agora eu te chamo de Frank Aguiar ou de Luz Aguiar?
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Eu sempre serei o Frank Aguiar. A história, a gente escreve para ser eterna, mas nada impede de a gente trazer renovações e ressignificados. É exatamente isso que eu estou fazendo nesse momento. Estou fazendo um ressignificado da minha carreira, da minha história e desse momento, que eu diria, de uma renovação espiritual. O nome Luz tem tudo a ver com esse momento que estou vivenciado. Tudo valeu, tudo foi lindo, tudo foi certo. Talvez, eu faria algumas coisas diferentes, de uma forma diferenciada, mas tudo valeu para chegar esse momento, para ter essa consciência mais expandida.
E na música? Você vai mudar também de estilo? Vai deixar de ser o 'Cãozinho dos Teclados'?
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Eu estou gravando um disco lindo e agora mesmo estou lançando uma música chamada 'Só o Amor Ilumina'. São músicas com mensagens positivas, são xotes com a minha personalidade, porém trazendo uma mensagem para as pessoas refletirem. A música é uma mensagem, o artista é o mensageiro. A prioridade vai ser trazer uma mensagem positiva sobre a vida, a verdadeira riqueza, que é o amor, nas minhas canções e nos meus repertórios.
O que te levou a querer vivenciar essa experiência e querer compartilhar?
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Há uma década, eu comecei a fazer cursos de Inteligência Emocional. Fiz vários com o Rodrigo Fonseca e outros cursos de um dia, de um final de semana, aulas online, enfim, fui me empolgando com os estudos do tema. Passei a estudar, ler muitos livros e artigos que me fizessem refletir e me tirar da zona de conforto. Fui querendo saber mais, refletindo e a fazer uma seleção maior das músicas. Me descobri mais amadurecido com uma expansão espiritual muito boa e mais elevada no sentido da vida e do ser. Desde o ano passado, mas, principalmente agora, veio uma coisa de ser um homem iluminado e as pessoas começaram a me chamar de iluminado. Me dei conta que no meu nome de batismo tem Luz de Aguiar. Estava meditando - coisa que eu gosto muito e pratico - quando eu recebi uma mensagem do tipo 'assuma esse nome, essa identidade que você está vivenciando'. Alguma coisa vinha do astral e despertou isso dentro de mim.
Mas, são mais de 30 anos de carreia como Frank Aguiar e agora vem essa mudança. Não é perigosa?
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Eu fiquei pensando. Pensei se não era perigoso mudar o nome a essa altura do campeonato. Só que as pessoas começaram a falar que estão gostando, estão curtindo. Eu tenho dado muitas palestras online nesse momento de pandemia e tem sido muito bom e enriquecedor para eu assumir de vez a identidade Luz da minha mãe e o Aguiar do meu pai. Acredito que tudo que vai, volta e você ser chamado de luz é incrível, porque vai e vem. Não tem como dar errado.
Mas vai deixar de cantar forró?
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Não. Só vai mudar a questão da mensagem. Vou continuar fazendo shows, lives e vou cantar o meu repertório porque jamais negarei a minha história. Eu sou muito grato a tudo que me fez chegar aqui e chegar a minha consciência. Não vai mudar nada, porém, devo fazer uma seleção mais musical nesse meio de mensagens positivas. Vou continuar com as minhas atividades paralelas, continuar estudando, mas deixar de cantar, nunca. Só quando eu partir dessa para outra.
Há três anos, a gente conversou sobre a sua descoberta do Santo Daime e o chá de ayahuasca. Essa sua mudança agora já tem a ver com isso?
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Tudo isso ajuda. As minhas leituras, meus estudos, as minhas meditações e essa sagrada planta, que a gente chama de o 'Licor da Alma', porque diminuiu os excessos e nós, faz ficarmos mais equilibrados. Expande a consciência. As pessoas que não conhecem, o que infelizmente é o mal da humanidade, julgam, detonam e condenam. São aqueles que nunca experimentaram e nunca se permitiram a essa sagrada planta, ficam falando coisas que não tem nada a ver. É uma pena. Várias pessoas consagram essa planta. Médicos, jovens, religiosos, esportistas... essa planta não tem nada a ver com religião. Ela expande muito a sua consciência, reflexão sobre a vida e o autoconhecimento.
Você ainda frequenta reuniões do Santo Daime?
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Sempre que eu tenho oportunidade eu consagro essa planta. Uma vez por ano, eu vou ao Amazonas para acompanhar o feitio, o momento e eu trago uma quantidade para de vez quando consagrar a ayahuasca. Eu faço isso para estudo do meu 'eu'.
Você chegou a plantar ou ter uma plantação em uma de suas fazendas?
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Eu gostaria muito. Todas as pessoas que sabem que é uma sagrada planta que ajuda a humanidade a se encontrar tem essa vontade de ter perto. A energia é muito boa. Já tem quase uma década isso e eu tenho melhorado muito fisicamente e emocionalmente. Se, hoje, tiver um tsunami, eu não vou me apavorar, não vou ter medo. Essa planta te traz muita coragem, de enfrentar. Foi muito bom esse encontro e eu não tenho nenhum medo das críticas e os preconceitos.
Quando você fala que ninguém é perfeito e que mudaria algumas coisas, me vem na cabeça a polêmica com Simone e Simaria. Dizem que elas sofreram muito com você...
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Eu nunca conversei com elas e nunca vi elas falarem isso. Existem quatro coisas que eu sempre coloco na minha mente: Primeiro o cuidado com as palavras. O Universo tudo entende, tudo compreende e tudo que vai, volta. O segundo é não absorver aquilo que você escuta para o pessoal, porque muitas vezes uma pessoa está soltando uma palavra desagradável, deselegante para você, mas é, na verdade, um conflito que ela está vivendo dentro dela. A terceira é que você não pode tirar conclusões antes de uma pessoa concluir seu pensamento, dar a explicação e aí você julga e condena antes de ouvir ou ver o resultado. E o quarto é que tudo que você for fazer, sempre ofereça o melhor. Se você tiver isso, você vai ter uma vida muito melhor. O que eu tenho para falar para elas é que são duas mulheres lindas, tive a minha melhor fase de vida com elas e que eu fui uma ponte, não sou o responsável pelo sucesso delas porque o sucesso estava lá, é delas e elas merecem, mas não posso negar da ponte que eu fui para elas conhecerem os primeiros palcos da vida no Brasil. Elas se tornaram conhecidas e mereciam contar as suas próprias histórias.
Mas a relação de vocês era boa?
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Claro que uma convivência de pais e filhos - porque eu as considerava como filhas de trabalho - não é só perfeição, porque nós não somos perfeitos. Principalmente no finalzinho, quando eu percebi que elas estavam querendo sair para contar as histórias delas e eu disse para elas 'vocês não têm mais o que fazer comigo. Vocês estão prontas para rodar. Vão.' E elas foram, e olha o sucesso. Quando eu escuto essas coisas, eu não posso absorver. Eu só posso enviar amor para as duas. Já chamei para participarem do meu DVD e elas vieram. As pessoas falam o que querem e elas podem falar, mas eu não tenho absolutamente nenhuma lembrança negativa. Só gratidão e amor. Eu fico emocionado quando as vejo. Que benção! Elas merecem e como Deus foi bom por ter me colocado como ponte, um degrau nessa carreira de sucesso.
O que você espera para 2021?
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Um ano lindo, um ano cheio de ressignificado para todos nós. Essa pandemia serviu para as pessoas olharem mais para dentro de si. Todas as respostas estão dentro de nós e a gente geralmente busca no que está fora.
Política nunca mais?
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Não tenho nenhuma má impressão, não tenho nada que guardo dentro de mim. Eu dei minha contribuição, 100% integro, aprendi muitas coisas, valeu, mas eu não quero nunca mais.