arte paulo márcioarte paulo márcio

A oração pertence a todos: pessoas de todas as religiões, e provavelmente também àquelas que não professam religião alguma. Para nós, cristãos, a oração faz parte da nossa vida. Porque quando não rezarmos, não temos forças para seguir. A oração é como o oxigênio da vida. É atrair sobre nós a presença do Espírito Santo que nos leva sempre em frente.
Jesus nos deu o exemplo de uma oração contínua, praticada com perseverança. O diálogo constante com o Pai, no silêncio e no recolhimento, é o ponto fundamental de toda a sua missão. Os Evangelhos nos apresentam também as suas exortações aos discípulos, para que rezem com insistência, sem se cansar.
O ensinamento do Evangelho é claro: é preciso rezar sempre, até quando tudo parece vão, quando Deus nos parece surdo e mudo, e que perdemos tempo. Mesmo que o céu se ofusque, o cristão não deixa de rezar. A sua oração anda de mãos dadas com a fé. E a fé, em muitos dias da nossa vida, pode parecer uma ilusão. Mas praticar a oração também significa aceitar esta dificuldade.
Muitos santos e santas da nossa Igreja viveram a noite da fé e o silêncio de Deus - quando batemos à porta e parece que Deus não nos responde - e estes santos foram perseverantes. Nestas noites de fé, quem reza nunca está sozinho.
A oração é uma arte a praticar com insistência. Todos somos capazes de orações complementares, que nascem da emoção de um momento, mas Jesus nos educa para outro tipo de oração: aquela que conhece uma disciplina, um exercício e é assumida no âmbito de uma regra de vida. A oração perseverante produz uma transformação progressiva, nos fortalece em tempos de tribulação, e nos concede a graça de sermos amparados por Aquele que nos ama.
Padre Omar