Mônica Francisco foi autora de lei que cria o Dia de Conscientização Contra o Racismo Religioso.
Mônica Francisco foi autora de lei que cria o Dia de Conscientização Contra o Racismo Religioso.Reprodução
Por Nuno Vasconcellos
Rio de Janeiro e Salvador sempre foram tidas como cidades exemplo de convivência respeitosa entre diferentes crenças. Mas isto tem mudado. No Rio, são incontáveis exemplos de violência religiosa. A polícia tem identificado a existência de intolerância principalmente em comunidades mais pobres, onde têm aparecidomilicianose traficantes que destroem lugares destinados a cultos de religiões de matrizes africanas. Até mesmo fiéis são ameaçados e imagens de santos são incendiadas. Com a preocupação de criar um ambiente de harmonia social, os deputados estaduais criaram o Dia Estadual de Conscientização Contra o Racismo Religioso - chamado Dia Joãozinho da Goméia. A homenagem foi incluída no calendário oficial e o dia será celebrado, anualmente,em 27 de março. A data comemorativa foi instituída pela Lei 9.259/21, sancionada pelo governador em exercício, Cláudio Castro, e publicada no Diário Oficial do Estado esta semana. O objetivo é fomentar a conscientização e a sensibilização sobre a tolerância e a diversidade religiosa.

RESPEITO À FÉ ALHEIA

"A criação da data e o estabelecimento de políticas públicas ganham relevância diante dos alarmantes dados sobre discriminação religiosa no Brasil e, especialmente, no Rio de Janeiro. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foram recebidas 506 denúncias através do Disque 100 ao longo de 2018, vitimando especialmente os segmentos da Umbanda (72), Candomblé (47), Testemunhas de Jeová (31), Matriz Africana (28) e segmentos Evangélicos (23)", explicou a autora da medida, a deputada estadual Mônica Francisco (PSOL).

Em entrevista recente ao jornal O DIA, o deputado Átila Nunes (MDB) falou sobre o assunto. "A pluralidade, não só na religião, mas em diversos aspectos da vida, é muito positiva. Para isso, precisamos ampliar o diálogo e o conhecimento".
Isenção para doadores
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A lei que isenta de impostos estaduais doações financeiras destinadas à compra de vacinas contra a covid-19 foi sancionada pelo governador em exercício, Cláudio Castro, e publicada no Diário Oficial. Ela complementa a Lei 8.804/20, que isentou as doações para compra de outros materiais e equipamentos de combate à pandemia, tais como: álcool 70%; desinfetantes; gel antisséptico; óculos, viseiras de segurança e aparelhos de eletrodiagnóstico. 
Segurança sob pressão
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O Ministério Público Federal determinou a instauração de inquérito civil público para apurar a possibilidade de reincidência de doenças psiquiátricas em agentes, delegados e quadro administrativo da Polícia Federal no Rio de Janeiro. “A saúde mental dos policiais é afetada pela precária situação funcional em que vivem, isto porque frequentemente laboram em locais distantes de familiares e círculo mais próximo de amigos, submetidos à vida nômade, intempéries do ambiente, deslocamentos constantes, impossibilidade de precisão, planejamento ou controle sobre o tempo de permanência em uma localidade ou em uma função, e a correlata não preparação para as novas funções e regiões de trabalho", esclarece o coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, procurador da República Eduardo Benones, ao instaurar o inquérito civil público.
Twittadas do Nuno
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O Papa Francisco decretou medidas de tolerância zero contra a corrupção no Vaticano. Os integrantes não podem sequer serem investigados. Medidas duras, que devem ser exemplos para todas as esferas, tanto públicas quanto privadas.
Chegamos a triste marca de 400 mil mortes pela Covid-19. Eu perdi muitas pessoas queridas. Os governantes precisam oferecer estrutura para quem precisa sair, mas é fundamental cada um fazer a sua parte. Sigamos com mais empatia, com um olhar de cuidado com todos. Precisamos disso.