Grupo dentro do PSOL quer Glauber Braga candidato à presidência em 2022.
Grupo dentro do PSOL quer Glauber Braga candidato à presidência em 2022.Pablo Valadares/Câmara
Por Nuno Vasconcellos
As forças políticas dentro do PSOL do Rio de Janeiro estão agitadas. Um grupo, aparentemente majoritário, é a favor de construir uma frente ampla que atraia o centro democrático para derrotar o bolsonarismo no estado, bata o atual governador Cláudio Castro e todos os candidatos que venham a ser lançados pela direita. O outro grupo, psolista mais radical, mais à esquerda, é contra esta "Frente" e defende uma chapa puro-sangue. A primeira corrente, que considera natural uma aliança com o Partido dos Trabalhadores no Rio - e possível apoio a Lula no plano nacional -, tem o deputado Marcelo Freixo como principal líder. O outro grupo traz como cabeça o deputado federal, Glauber Braga, marido da deputada Sâmia Bomfim. Ele dá como certo o apoio de Luciana Genro, Vivi Reis e David Miranda. Todos eles pertencem à corrente do PSOL chamada Movimento Esquerda Socialista (MES).

SETEMBRO

O MES não aceita diálogo com os moderados. Um dos documentos recentes do grupo explica a posição. "Diante da catástrofe, urge responder aqui e agora. A necessidade de enfrentar Bolsonaro é imediata. Não podemos esperar 2022. Portanto, o centro de nossa tática e agitação é o enfrentamento ao governo de todas as formas possíveis". A verdade é que as discussões mais acaloradas vão continuar até setembro quando acontecerá o congresso do partido que definirá qual rumo seguir. Procurado para saber como reage à pressão contra sua candidatura ao governo do Estado, Marcelo Freixo responde com tranquilidade: "Vejo com naturalidade. Todo militante tem direito de se colocar como pré-candidato. Cabe ao partido fazer o debate democrático", disse Freixo.
Mudanças à vista
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A semana será importante para a área da segurança pública do Governo Estadual do Rio de Janeiro. O governador Cláudio Castro pensa em mexer no comando da Polícia Militar, onde se estuda a ida do coronel reformado da PM Luiz Henrique Marinho para o lugar atualmente ocupado pelo coronel Figueredo. Chegou a circular informação que seria indicação do senador Flávio Bolsonaro, informação negada por ele. Veja abaixo comunicado.  
NOTA DO GABINETE DO SENADOR FLÁVIO BOLSONARO:

"O senador Flávio Bolsonaro informa que não indicou nomes para a cúpula da Polícia Militar do Rio de Janeiro e que não participou de conversas sobre mudanças na instituição. Mais uma vez, tentam usar o nome do parlamentar para criar narrativas falsas e gerar desinformação."
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Empreendedorismo no Rio
O estado do Rio ganhou mais de 68 mil novos microempreendedores individuais no primeiro trimestre deste ano; um aumento de 9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Alimentação fora do lar foi o segmento com mais abertura de empresas, com 10,4 mil novos MEI. Na sequência vem logística e transporte (7,2 mil), construção civil (5,8 mil), moda (5,7 mil) e beleza (5,1 mil). Levantamento é do Sebrae Rio com base nos dados da Receita Federal.