Além da poluição invisível formada por metais pesados dispersos na água, outro grande problema da contaminação na Baía de Guanabara é o lixo flutuante. Embora não seja o mais perigoso e também mais fácil de ser identificado e retirado, os detritos sólidos incomodam visualmente além de provocar entupimentos de canais e sufocarem animais por sua ingestão.
Como paliativo, a Prainha da Ilha do Fundão, por onde passa uma das correntes marítimas da região, vai receber os primeiros 200 metros de uma barreira de retenção de lixo flutuante na Semana do Meio Ambiente.
Orla Sem Lixo
Esse é o segundo protótipo de testes realizados pelo projeto Orla Sem Lixo que visa encontrar uma alternativa sustentável para áreas costeiras e oceânicas. A proposta é unir saberes da comunidade local com conhecimentos técnicos, baseados na própria Natureza, na economia circular contando com o envolvimento comunitário e com capacidade de geração de emprego e renda para os envolvidos no engajamento. A iniciativa ainda prevê a transformação do lixo para que possa retornar à cadeia produtiva.
Mobilização da Sociedade
Trata-se de uma solução de baixo custo e que ainda tem a capacidade de analisar e avaliar do volume e o tipo do material removido. Junto com a instalação da barreira, será realizado um mutirão de limpeza na área com a participação de voluntários na próxima quarta-feira. Essa ação é coordenada pela professora Susana Vinzon, da Escola Politécnica da UFRJ, do Orla Sem Lixo que foi um dos destaques do CAMP Oceano. O projeto é patrocinado pela Fundação Grupo Boticário que já apoiou cerca de 1.600 iniciativas em todo o país.
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