Barra da Tijuca investiu R$ 4,47 milhões em segurança no primeiro trimestre do ano. Já os condomínios da Zona Sul gastaram R$ 3,21 milhõesIStock

A questão da violência nos condomínios do Rio é cada vez mais preocupante. Para se ter ideia, levantamento feito pela Cipa nos mais de 1.300 condomínios que administra mostra que os edifícios investiram R$ 11 milhões em segurança somente nos três primeiros meses do ano. Segundo a administradora, o montante é quase o total de 2022, que foi de R$ 12 milhões.
O estudo aponta que Zona Oeste é a região que mais investiu nesse quesito, com R$ 7,21 milhões. Só a Barra da Tijuca concentrou R$ 4,47 milhões deste valor. Já os condomínios da Zona Sul gastaram R$ 3,21 milhões de janeiro a março de 2003, mais do que todo o volume de 2022: R$ 2,9 milhões. Na Zona Norte, o total foi de R$ 1,5 milhão e no Centro o valor chegou a R$ 196 mil.
De acordo com Bruno Queiroz, gerente de Novos Negócios da Cipa, a pesquisa é uma amostra do que vem acontecendo em todos os prédios da cidade. “Segurança sempre foi um dos principais focos dos condomínios. Os gastos sobem dessa maneira porque há uma sensação generalizada de insegurança na cidade, agravada pelos constantes confrontos em determinadas localidades. Além disso, temos novas tecnologias e ferramentas que ajudam a aumentar esse custo”, analisa Queiroz.
Ele diz ainda que, de forma geral, o cenário é de incremento na despesa com o tema. “Mesmo as regiões que tradicionalmente menos investem, gastaram valores maiores ou muito próximos, no primeiro trimestre, do total gasto ao longo de 2022. Isso demonstra que a violência merece uma atenção maior das autoridades”, avalia o gerente.
Marcelo Borges, diretor de Condomínio e Locação da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis), concorda. "Realmente temos observado um movimento crescente não só no incremento da segurança, como também na contratação de benfeitorias que objetivam uma maior otimização no funcionamento das portarias e controles das áreas comuns. Além disso, muitos condomínios passaram a investir em treinamentos para os seus empregados, buscando uma mão de obra mais qualificada e atenta às necessidades de supervisionar melhor os ambientes”, afirma Borges.