Vereador Davi Souza (PDT) e prefeita Magdala Furtado (PL)Divulgação

A coluna desta quarta-feira (3), começa por Cabo Frio, que após um Réveillon frustrante, sem fogos – já que a prefeita Magdala Furtado (PL) tentou até o último momento que a Câmara revogasse a lei municipal que impede show pirotécnico com barulho – provavelmente terá que encarar uma CPI para apurar não só o imbróglio da virada de ano como os gastos com enfeite de Natal e contratos não publicados de estrutura de eventos. Nesta terça (2), o vereador Davi Souza (PDT) protocolou requerimento de abertura de CPI para apurar a falta de transparência dos contratos de execução de eventos no período que compreende os últimos meses. Outros questionamentos constam desse requerimento, como a falta de transparência na captação de patrocínios durante a produção da Expo Cabo Frio 2023, irregularidades na distribuição de pontos de venda para ambulantes, violação das normas relativas a fogos de artifício também durante a Expo, suspeitas de sobrepreço na contratação da decoração de Natal e ausência de informações no Portal da Transparência. "O imbróglio dos fogos é um dos principais pontos, mas vamos incluir gastos com enfeite de Natal e contratos não publicados de estrutura de eventos", disse Davi. Conforme o parlamentar, nove vereadores já sinalizaram que vão assinar pela abertura da CPI. Vamos aguardar.
CLIMA DE FRUSTRAÇÃO

Continuando em Cabo Frio, nunca antes na história dessa cidade houve uma virada de ano tão decepcionante. E não é essa colunista que vos fala, mas é o assunto mais comentado desde a madrugada de segunda (1º). Analisando essa situação, Magdala Furtado marca seu nome na história como a prefeita que desconstruiu o espetáculo pirotécnico do município, evento que sempre aconteceu, mesmo aos trancos e barrancos. Até no governo de Dr Adriano, onde foi muito criticado, ou na virada de 2022 para 2023, quando Zé Bonifácio (PDT) levou muitas críticas porque os fogos foram fracos. Este último evento de Ano Novo, Cabo Frio foi uma sucessão de lambança, primeiro com o projeto de lei querendo forçar a mudança da regra, depois o superintendente de Eventos, Marcelinho Mega Mix, garantindo que a Prefeitura tinha comprado fogos sem estampido, falando do filho dele e tudo mais, ao lado do vereador Thiago Vasconcelos (Avante), e por último ela, às vésperas da virada de ano (veja vídeo acima). Em seguida, na sexta (29), Magdala foi pra rede social e confessou que não haveria show pirotécnico. E ainda colocou a culpa no presidente da Câmara, vereador Miguel Alencar (União), que não aceitou a pressão para pautar os assuntos que ela queria. A chefe do executivo cabo-friense chamou de "retaliação política cruel" a negativa da Câmara em revogar uma medida sacramentada por lei há mais de um ano. "Fomos impedidos pela presidência da Câmara, que não colocou em votação nosso projeto", disse ela, sendo que a história está lotada de mentiras contadas o tempo todo, e está difícil acreditar em tudo que o Magdala coloca, ela definitivamente perdeu a credibilidade com a população, não consegue mais convencer ninguém de nada, e esse episódio do Réveillon foi severo demais pra se poder relevar.