Servidores da Educação na sessão da Câmara Municipal de Cabo Frio, nesta quinta-feira (26)Reprodução/Rede social
Em Cabo Frio a chapa tá quente, não só pela reta final de campanha, mas também nas sessões do legislativo municipal. Nesta quinta-feira (26), o dia começou com o ato público do Sepe Lagos, sindicato da Educação, na porta da Prefeitura. O que antes seria uma manifestação para cobrar o reajuste salarial imediato e o PCCR unificado, engrossou com a polêmica da terceirização da merenda que, caso seja concretizada, significará que o gasto atual de R$ 8 milhões passará para R$ 50 milhões. Fora o risco das demissões de quem trabalha para alimentar os estudantes e a proibição dos professores em fazer refeição nas escolas. De lá, o grupo foi para a Câmara, mas virou as costas para o ex-líder de governo, vereador Léo Mendes (MDB), enquanto ele explicava o porquê da mudança. A questão vai além da merenda e salários. Segundo os servidores da categoria, existem outros problemas sérios como a falta de reajuste há 2 anos, cerca de R$ 6 milhões em resíduos trabalhistas não pagos e a precariedade das condições de trabalho nas escolas, muitas delas sem climatização e infraestrutura precária. Desde que a prefeita Magdala Furtado assumiu, o Sepe cobra essas mudanças e a prefeitura promete que vai conversar. No entanto, os profissionais vêm sendo levados em banho-maria até então. A Prefeitura, em nota, disse que reconhece a manifestação de greve, contudo, no meio da tarde, uma decisão do TJ (cujo documento não tivemos acesso) ordenou, segundo a administração municipal, que a paralisação fosse interrompida. Entramos em contato com o Sepe, mas o sindicato ainda não havia sido notificado e a greve permanecia. Confira o vídeo abaixo:
Quem fez coro ao Sepe contra a terceirização da merenda foi o PT de Cabo Frio, que apesar de ser da coligação de Magdala, afirmou que repudia veementemente a atitude do governo. "O partido não concorda e não coopera com esse absurdo".
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