Andreia Calçada DIVULGAÇÃO

Sou mãe divorciada e tenho a guarda compartilhada do meu filho. O pai insiste em mudar os dias de visita constantemente, o que acaba desestabilizando a rotina da criança. Do ponto de vista psicológico, essas mudanças frequentes podem prejudicar o desenvolvimento emocional do meu filho?
Ingrid Xavier, Madureira.


Segundo Andreia Calçada, psicóloga clínica e jurídica, não há problema em uma mudança nos dias em que o pai convive com seu filho, contudo é importante que a criança mantenha uma rotina de suas atividades. “Se essas mudanças não interferirem nos horários da criança, não afetarão seu dia a dia nem sua estabilidade emocional. O pai pode levá-la às atividades que ela tem durante a semana e manter os horários de dormir, assim como buscar ou levar à escola. Pode até mudar o dia em que convive, mas, se mantiver a rotina, não haverá problema”, pontua a especialista.

Andreia reforça que a prioridade é atender ao melhor interesse da criança, com foco em estabilidade emocional e rotina organizada. “A guarda compartilhada é recomendada inclusive em situações de litígio entre os pais. Mesmo quando há conflito, o ideal é que se busque um formato funcional de convivência, com comunicação entre os genitores, para garantir que as decisões sobre a vida do filho sejam tomadas em conjunto. O principal objetivo dessa modalidade é garantir que filhos de pais separados mantenham laços afetivos consistentes com ambos, assegurando que nem o vínculo nem a responsabilidade de um dos genitores sejam enfraquecidos após o fim da relação conjugal”, finaliza.

Caso os acordos de convivência sejam constantemente descumpridos, é possível pedir ao Judiciário a fixação de um calendário mais rígido ou até a aplicação de multa, sempre com foco na proteção do bem-estar da criança, salienta o advogado Átila Nunes do serviço www.reclamar adianta com br. O atendimento é gratuito pelo e-mail jurídico@reclamaradianta.com.br ou pelo WhatsApp (21) 993289328.