Pedro Duarte. Vereador (Novo)Divulgação
Ninguém tem dúvida que o Carnaval é uma das festas mais importantes e representativas para a nossa cultura e economia, não é mesmo?
Mas, quase sempre, um detalhe passa despercebido nas imagens que reproduzem a alegria dos blocos carnavalescos: a imensa quantidade de lixo despejado nas ruas. Tem de tudo!
Andando pelo Centro do Rio, por exemplo, você deve ter flagrado restos de fantasias abandonadas nas calçadas, latas e mais latas de cerveja, além de outros tipos de "lixo".
Os números são bastante ilustrativos: a Comlurb retirou mais de 190 toneladas de resíduos dos blocos de rua, somente no fim de semana do pré-Carnaval.
A situação reflete um dos grandes desafios diários do Poder Público do Rio e, por que não dizer, de grandes capitais: a gestão dos resíduos sólidos.
São 8.801 toneladas por dia, ou 6 toneladas por minuto, produzidas na nossa cidade. Chama atenção a falta de destino adequado para todo esse montante: apenas 0,37% são recuperados, segundo o Índice de Recuperação de Resíduos do Brasil (IRR) - um dos piores percentuais do país, que tem média nacional de 1,67%.
Enquanto isso, temos um sistema público de gerenciamento de resíduos sólidos centralizado na Comlurb, com gasto de R$ 2,2 bilhões por ano - isso significa que, em média, o cidadão desembolsa, anualmente, R$ 323,92 de seu IPTU para a gestão dos resíduos. E, mesmo com gastos elevados semelhantes aos de São Paulo, que possui uma rede mais extensa, o sistema é pouco integrado; faltam garis e mecanismos de inteligência que promovam mais eficiência ao processo.
Mas, quase sempre, um detalhe passa despercebido nas imagens que reproduzem a alegria dos blocos carnavalescos: a imensa quantidade de lixo despejado nas ruas. Tem de tudo!
Andando pelo Centro do Rio, por exemplo, você deve ter flagrado restos de fantasias abandonadas nas calçadas, latas e mais latas de cerveja, além de outros tipos de "lixo".
Os números são bastante ilustrativos: a Comlurb retirou mais de 190 toneladas de resíduos dos blocos de rua, somente no fim de semana do pré-Carnaval.
A situação reflete um dos grandes desafios diários do Poder Público do Rio e, por que não dizer, de grandes capitais: a gestão dos resíduos sólidos.
São 8.801 toneladas por dia, ou 6 toneladas por minuto, produzidas na nossa cidade. Chama atenção a falta de destino adequado para todo esse montante: apenas 0,37% são recuperados, segundo o Índice de Recuperação de Resíduos do Brasil (IRR) - um dos piores percentuais do país, que tem média nacional de 1,67%.
Enquanto isso, temos um sistema público de gerenciamento de resíduos sólidos centralizado na Comlurb, com gasto de R$ 2,2 bilhões por ano - isso significa que, em média, o cidadão desembolsa, anualmente, R$ 323,92 de seu IPTU para a gestão dos resíduos. E, mesmo com gastos elevados semelhantes aos de São Paulo, que possui uma rede mais extensa, o sistema é pouco integrado; faltam garis e mecanismos de inteligência que promovam mais eficiência ao processo.
Sem dúvida, um problema de várias camadas que evidencia as ineficiências do governo municipal e escancara nossa crise comum como sociedade: a repetição de ações egoístas em todos os contextos, que desrespeitam a vida em conjunto.
A experiência de um arquipélago no outro lado do mundo, no entanto, pode nos indicar um caminho possível.
O Japão é referência mundial no tema, depois de viver décadas com números semelhantes aos nossos. Lá, mais de 96% do lixo são reutilizados, ou seja, o país possui um sistema eficiente de gerenciamento de resíduos, com foco na educação ambiental e na organização de um sistema de coleta seletiva descentralizado e com o apoio da iniciativa privada.
É o caminho que devemos seguir: parcerias público-privadas que tornem a coleta seletiva eficiente e simplificada, dando suporte no desenvolvimento da infraestrutura e das tecnologias necessárias para o monitoramento, expansão e organização da coleta.
Além disso, precisamos pensar em alternativas que promovam a integração dos catadores na economia formal; e criar medidas educativas que estimulem a participação de todos os cidadãos nesse processo de coleta e gestão.
Há um ditado japonês que inspira essa mudança de comportamento: "um pássaro não suja o ninho que está prestes a sair". Que, aos poucos, possamos adquirir esse senso de coletividade, para que o lixo, em vez de problemas, traga oportunidades, gerando empregos, novos modelos de negócio e nos auxilie a superar a nossa crise comum.
Há um ditado japonês que inspira essa mudança de comportamento: "um pássaro não suja o ninho que está prestes a sair". Que, aos poucos, possamos adquirir esse senso de coletividade, para que o lixo, em vez de problemas, traga oportunidades, gerando empregos, novos modelos de negócio e nos auxilie a superar a nossa crise comum.
Por uma cidade mais limpa e com mais civilidade, precisamos urgentemente tratar melhor o nosso lixo.
Pedro Duarte
Vereador (Novo)
Vereador (Novo)
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.