Por tabata.uchoa

Rio - Era para ter saído no ano passado, quando coerentemente os discos listados em ‘1973 — O Ano Que Reinventou a MPB’ (Ed. Sonora, 432 págs., R$ 59,90) completaram 40 anos. “Logo que começamos a lembrar dos álbuns, a lista foi aumentando tanto que só deu para terminar em 2014”, conta o jornalista Célio Albuquerque, organizador da publicação, que tem tarde de autógrafos amanhã, na livraria Gutemberg de Icaraí, Niterói.

Detalhe do disco do Secos %26 Molhados lançado em 1973Reprodução Internet


Cerca de 50 autores — entre eles o repórter Ricardo Schott, do caderno O DIA D, e o colunista do DIA Moacyr Luz — dissecaram os principais lançamentos daquele ano, época que Célio atesta ter sido fundamental para a música brasileira. “Foi muito fértil mesmo, vários artistas lançaram seu primeiro disco em 1973, como Fagner, Gonzaguinha, Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Luiz Melodia”, enumera. “Também é o ano do disco do Paulinho da Viola que traz a primeira capa do (designer e ilustrador) Elifas Andreato no estilo que o consagraria. E tem ainda o disco ‘Origens’, em que o Martinho da Vila toma consciência de sua negritude. A partir daí é que ele se torna o ‘Martinho negro’.”

Entre os títulos listados no livro, Célio elege um que sintetiza a efervescência de 1973: “O primeiro do Secos & Molhados. Porque junta poesia com música popular. Até então, quem monopolizava o assunto era o Vinicius de Moraes. E eram caras pintados, seminus, com um cantor de voz feminina (Ney Matogrosso), rebolando no meio da ditadura, que conseguiam agradar a criancinhas, vovozinhas e jovens antenados.”

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